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Isabeli Fontana cobra frequência sexual do marido e terapeuta alerta: 'Rotina pode matar desejo'

Isabeli Fontana admite cobranças por sexo com Di Ferrero e terapeuta sexual Bárbara Bastos explica à CARAS Brasil como isso pode impactar o casal

Bárbara Bastos e Gabriela Cunha
por Bárbara Bastos e Gabriela Cunha

Publicado em 20/06/2025, às 15h12

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Isabeli Fontana e Di Ferrero estão juntos há 12 anos - Reprodução/Instagram
Isabeli Fontana e Di Ferrero estão juntos há 12 anos - Reprodução/Instagram

Isabeli Fontana e Di Ferrero abriram o jogo sobre seu relacionamento de mais de 12 anos e revelaram detalhes da intimidade no Domingão. Entre as revelações, Isabeli contou que costuma cobrar mais frequência sexual do parceiro. O casal também já experimentou o sexo tântrico e afirma que a prática ajudou na disposição e na conexão. Mas, afinal, a frequência sexual tem impacto direto no bem-estar do casal?

Para entender melhor, a CARAS Brasil conversou com a sexóloga Barbara Bastos, especialista em Terapia Cognitiva Sexual, que analisou a situação à luz da terapia de casal e deu orientações valiosas sobre o tema.

Diminuição da frequência sexual é sempre sinal de crise?

Segundo Barbara, a queda na frequência é comum, mas nem sempre indica um problema grave: "A queda na frequência sexual em relacionamentos longos não é, de forma alguma, um sinal obrigatório de crise. Muitas vezes, essa diminuição está ligada à diminuição do desejo, que é influenciado por diversos fatores. Não é apenas uma crise, um estresse ou uma briga que impactará a vida sexual. Pode ser que o casal continue se amando muito e seja superparceiro, mas a rotina tomou conta, e questões hormonais também podem influenciar o desejo e, consequentemente, a vontade de ter relações."

Ela reforça que o desejo precisa ser estimulado com novidades simples do dia a dia: "É possível que o casal tenha simplesmente entrado na rotina, com a vida de ambos consumida pelo tempo de convivência. Um ponto importante sobre o desejo é a novidade. Quando falo de novidade, não quero gerar a angústia de que o casal precisa estar o tempo todo em busca de algo grandioso. Isso é irreal e não funciona. Mas a novidade pode estar nos detalhes do dia a dia, como um jantar um pouco diferente do comum. Não é preciso escalar o lustre ou viajar para as Maldivas. Se esperarmos por algo 'uau', acabamos procrastinando e não fazendo nada. A novidade pode ser o resgate de coisas que vocês faziam no início do relacionamento e que foram deixadas de lado pela rotina e pelo comodismo."

A comunicação é a base para entender se a fase é natural ou exige atenção: "Sobre ser uma crise ou uma fase natural, cada casal precisa avaliar a própria situação. Isso envolve autorreflexão, percepção mútua e, principalmente, comunicação. É fundamental entender o que está acontecendo e conversar abertamente. Perguntem-se: 'Você acha que estamos bem?' Ou, se já percebem que algo não está legal, pode ser uma crise que precisa ser resolvida. Não a encarem como uma fase natural se a sensação é de que algo está errado. Essa comunicação é crucial para entender se estão em crise e como resolver, seja sozinhos, buscando terapia sexual ou terapia de casal. Ou, se for uma fase natural, como podem sair dela. A solução, novamente, pode vir do esforço conjunto do casal ou da busca por ajuda profissional externa."

Isabeli Fontana e Di Ferrero
Isabeli Fontana e Di Ferrero - Instagram

Tempo, hormônios ou emoções: o que afeta mais o desejo?

Barbara explica que não há um único fator determinante, já que tudo se conecta: "Não existe um 'ou outro'. Como mencionei, vários fatores podem influenciar o desejo sexual e, consequentemente, a frequência sexual do casal. Há casais em que o tempo de convivência é o principal fator, e em outros, ambos."

A rotina, embora traga segurança, pode reduzir a espontaneidade: "O tempo de convivência influencia porque ele naturalmente gera uma rotina. E a rotina, embora seja maravilhosa – ela cria conexão, intimidade, segurança, previsibilidade e confiança –, também pode trazer comodismo. Você já sabe o que o parceiro gosta, como as coisas começam e terminam, e isso pode impactar o desejo."

Já os aspectos hormonais e emocionais também têm peso: "Quanto aos fatores emocionais e hormonais, eles certamente contam. Somos seres humanos com diversas áreas na vida – profissional, familiar, saúde – e todas elas influenciam a esfera sexual. O que acontece fora da cama, tanto individualmente quanto na dinâmica do casal, impacta diretamente o desejo, a vontade e a entrega na hora do sexo, que deve ser um momento prazeroso, não um dever ou uma obrigação. Fatores hormonais também são relevantes, desde questões como depressão em pessoas mais jovens até a menopausa."

E completa: "É fundamental buscar acompanhamento médico e seguir as orientações. No entanto, não gosto de afirmar que uma questão hormonal 'ferrou' a vida sexual de alguém. Precisamos saber que, se isso acontece, é necessário administrar da melhor forma, mas também buscar outras maneiras de manter o desejo vivo, mesmo com as limitações do momento. Assim, evitamos que a pessoa jogue a parte sexual e a ansiedade lá para cima."

Como falar sobre sexo sem virar cobrança?

No caso de Isabeli, que confessou cobrar mais intimidade, Barbara explica como lidar com esse tipo de situação: "É comum em relacionamentos onde há uma disparidade de desejo sexual surgir a cobrança. A palavra 'cobrança' carrega um peso negativo, remetendo a uma atitude agressiva e rígida, o que não é o caminho ideal. A saúde emocional e sexual do casal está interligada, e a comunicação desempenha um papel fundamental."

A dica da especialista é trocar cobrança por diálogo: "Em vez de 'cobrança', que é uma palavra pesada e pode ser mal interpretada, é essencial focar na comunicação. Quando um parceiro deseja mais intimidade que o outro, a conversa é indispensável. É preciso entender o que o outro está sentindo e expressar as próprias emoções."

E nem sempre a questão é apenas física: "Muitas vezes, a falta de sexo não significa apenas a carência da relação física em si, mas a falta de se sentir desejado(a), amado(a), ou a perda de um vínculo íntimo e da conexão sexual que antes existia."

Isabeli Fontana e Di Ferrero
Isabeli Fontana e Di Ferrero - Instagram

Desejo começa fora da cama

Um ponto pouco discutido, mas essencial, é a intimidade fora do quarto: "É interessante notar que muitos casais, com o tempo, acabam fazendo do sexo a única fonte de intimidade sexual. Elementos como o beijo de língua, que deveriam ser parte da conexão fora da cama, transformam-se em um 'sinal' para o ato sexual. Quando o desejo sexual não está presente, até mesmo o beijo é evitado."

Por isso, ela recomenda resgatar gestos simples do cotidiano: "Nos atendimentos, o foco é trabalhar a conexão sexual do casal, que vai além da química e da frequência sexual na cama. Trata-se do que é feito de sexual fora da cama: beijos de língua, toques, carícias exclusivas do casal, como um toque no pescoço, um afago no cabelo, um abraço mais apertado, ou um aperto na perna. Essas atitudes devem ser cultivadas como um hábito e não como um convite obrigatório para o sexo. Caso contrário, entra-se em um ciclo vicioso onde a sensação de não ser desejado e a falta de conexão se intensificam."

Sexo tântrico funciona mesmo?

Sobre a experiência de Isabeli e Di Ferrero com o sexo tântrico, Barbara aponta que a prática pode ser benéfica, mas não é mágica.

"Para muitos casais, o sexo tântrico pode ser um caminho interessante para auxiliar na libido e no autoconhecimento. Ele pode promover um maior conforto e segurança com a própria intimidade, sexualidade e corpo. No entanto, é importante ressaltar que o sexo tântrico não é uma 'salvação' universal para relacionamentos ou para a vida. Seu impacto dependerá muito de cada parceiro e da dinâmica do casal. Não existe uma única abordagem que sirva para todos", explica a terapeuta.

E destaca a importância da comunicação: "Se um ou ambos os parceiros demonstrarem interesse em experimentar o sexo tântrico, a comunicação é fundamental. É crucial conversar abertamente sobre o assunto e entender a perspectiva do outro. Tenho clientes em que um dos parceiros, geralmente a mulher, buscou essa experiência para ambos, mas o homem, apesar de topar, não estava totalmente receptivo. Ele enfrentava barreiras e tabus que precisavam ser superados, e ainda não estava no 'clima'. O feedback dele foi: 'Não desgostei, mas também não achei uau. Não senti nada, fiquei um pouco desconfortável.' Já para ela, que já estava mais familiarizada com o tema, o resultado foi muito positivo."

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