Flávia Alessandra revela tratamento hormonal e médica afirma: 'O medo vem da desinformação'

A atriz Flávia Alessandra, aos 51 anos, revelou que está passando por reposição hormonal para aliviar os sintomas da menopausa, especialmente a insônia, que vinha afetando sua qualidade de vida. A decisão levantou um debate importante sobre os impactos desse tipo de tratamento na saúde feminina.

Em entrevista para a CARAS Brasil, a ginecologista endócrina Maira Campos analisou o caso e explicou os principais pontos que envolvem a reposição hormonal, seus benefícios e riscos.

A reposição é mesmo o melhor caminho para lidar com a menopausa?

Segundo a médica, a reposição pode, sim, ser uma aliada fundamental para quem sofre com os sintomas da menopausa. “A reposição hormonal é considerada uma das principais ferramentas para tratar sintomas comuns da menopausa, como insônia, ondas de calor, alterações de humor e ressecamento vaginal. No entanto, ela não é indicada automaticamente para todas as mulheres”, diz.

Maira explica que cada paciente precisa ser avaliada individualmente antes de iniciar o tratamento. “Antes de prescrever o tratamento, avaliamos criteriosamente o histórico clínico da paciente, a presença de fatores de risco (como antecedentes de câncer hormonossensível, trombose ou doenças hepáticas), exames laboratoriais e até o estilo de vida. A indicação deve ser individualizada e segura, priorizando sempre a qualidade de vida da mulher.”

Riscos existem, mas nem sempre se confirmam

O medo de possíveis efeitos adversos, como o aumento do risco de câncer de mama ou trombose, ainda afasta muitas mulheres do tratamento. No entanto, a médica reforça que o acompanhamento é a chave da segurança.

“A terapia hormonal pode, sim, apresentar riscos em alguns casos, mas é importante entender que esses riscos são relativos e dependem de diversos fatores, como o tipo de hormônio utilizado, a via de administração, o tempo de uso e o perfil da paciente. Por exemplo, mulheres com histórico de câncer de mama, trombose ou determinadas mutações genéticas podem ter contraindicações”, alerta.

A médica completa: “No entanto, quando bem indicada e monitorada, a reposição hormonal é segura para a maioria das mulheres saudáveis e pode trazer inúmeros benefícios. O medo, muitas vezes, vem da desinformação. Por isso, o acompanhamento médico especializado é essencial.”

Mais energia e disposição: o que a reposição pode oferecer além do básico?

Além de controlar sintomas como ondas de calor e insônia, a reposição pode ser aliada de mulheres que vivem uma rotina intensa e buscam mais energia.

“Muitas mulheres relatam melhora significativa na disposição, força muscular e recuperação física após o início da reposição hormonal. Isso acontece porque os hormônios femininos, especialmente o estrogênio e a testosterona, têm impacto direto na energia, no tônus muscular e no metabolismo”, explica.

E para quem mantém uma agenda cheia de treinos ou trabalho físico, o cuidado precisa ser redobrado. “Para mulheres com rotina intensa de atividades, é essencial uma avaliação ainda mais criteriosa, incluindo exames para checar os níveis hormonais, saúde cardiovascular, função hepática e perfil lipídico. Além disso, acompanhamento nutricional e físico é fundamental para garantir que o tratamento traga benefícios sem sobrecarregar o organismo.”

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