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Decisão sobre a reposição hormonal feminina continua sendo muito difícil

Redação Publicado em 10/06/2013, às 18h47 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Saúde - Divulgação
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São os folículos presentes nos ovários que produzem os hormônios sexuais femininos estrógeno e progesterona. A produção se inicia ainda na vida intrauterina. Os ovários produzem também o hormônio masculino testosterona. São o estrógeno e a progesterona que dão as características sexuais femininas. Os ovários, na vida intrauterina, têm 5 milhões de folículos. Quando a menina nasce, existe 1 milhão. Ao chegar à adolescência, são 400000 folículos, que, estimulados pela glândula hipófise, produzem estrógeno e progesterona e formarão os futuros óvulos que, se fecundados, darão origem a uma nova vida.
Os hormônios participam da formação, manuteção e bem-estar do organismo feminino e têm papel importante na atividade sexual. A menopausa é a última menstruação da vida da mulher e o período em que ela ocorre é chamado climatério. No Brasil, a menopausa ocorre em torno dos 50 anos. A partir dela a produção do estrógeno vai diminuindo e encerrando a atividade fértil da mulher. Os sintomas e sinais da queda de produção do estrógeno variam de mulher para mulher, de acordo com fatores como raça, cultura, região geográfica e condição socioeconômica, e de seu papel e valorização social. Parte delas, como as orientais, apresentam sintomas discretos. Mas três quartos têm sintomas importantes, com grande impacto em sua qualidade de vida. Os principais são: ondas de calor ascendentes na parte superior do corpo, sobretudo à noite, com suor e sensação de mal-estar; diminuição da lubrificação vaginal,
levando a dor nas relações sexuais e infecções urinárias mesmo na mulher que não tem atividade sexual; incontinência urinária; ressecamento da pele e dos cabelos; alterações de humor e depressão; insônia; maior reabsorção óssea, o que deixa as mulheres mais suscetíveis à osteoporose. O climatério e a menopausa são etapas de um período fisiológico na vida da mulher, não doença. Por isso têm de ser entendidos como uma etapa na qual ela necessita de cuidados adequados de nutrição, atividade física e prevenção de doenças como hipertensão, infarto,
diabetes, AVC e obesidade. Sabemos que as que fazem atividade física e consomem produtos de soja podem ter sintomas menos intensos. Para as que sofrem muito, a reposição hormonal pode ser uma alternativa. Fazer ou não reposição é uma das decisões mais difíceis para a mulher e seu médico, porque aumenta o risco de câncer do endométrio e de mama
e de AVC. A decisão deve ser individual, com base nas características de cada mulher e em seu direito de decidir. Não há protocolos. Em todo o mundo, as entidades de Ginecologia estudam e pesquisam esse tema para encontrar o melhor caminho para as mulheres. Existem contraindicações absolutas para as que têm história pessoal ou familiar de câncer de mama e de endométrio, de trombose venosa, de doença hepática e sangramentos genitais sem causa definida. Sem esse histórico, a mulher pode fazer reposição hormonal por períodos não superiores a cinco anos, e sempre com avaliações médicas, laboratoriais e de imagem anuais, como as imprescindíveis mamografia e ultrassonografia ginecológicas. O controle clínico, os exames, o ginecologista e sobretudo a mulher decidirão sobre a continuidade ou não do tratamento.