Em entrevista à CARAS Brasil, Dra. Ana Paula Mondragón explica quais são os cuidados que Tati Machado e Micheli Machado devem seguir nesse momento
Publicado em 14/05/2025, às 15h00 - Atualizado em 15/05/2025, às 17h40
Nesta semana, Micheli Machado (44) e Tati Machado (33) chamaram a atenção dos internautas ao confirmarem que sofreram perdas gestacionais. As duas, que estavam na reta final da gravidez, chocaram os fãs ao contarem que foram informadas sobre a situação após notarem a ausência de movimentos e batimentos dos filhos. Até o momento, a atriz e a apresentadora seguem sob cuidados médicos.
Em entrevista à CARAS Brasil, Dra. Ana Paula Mondragón lista quais são os cuidados que Micheli Machado e Tati Machado devem seguir: "A perda gestacional em qualquer semana de gestação é um processo muito doloroso, onde expectativas são quebradas e tanto o impacto físico quanto o emocional é devastador".
"Após um acontecimento como este, é de grande importância cuidar do corpo e, sobretudo, dos sentimentos para conseguir seguir em frente. Após o parto normal ou após a cesárea, o corpo começará um processo de reestruturação, o chamado puerpério, onde a mulher apresentará sangramento vaginal leve por alguns dias, cólicas leves, dor e sem contar a grande instabilidade hormonal, portanto, neste período, o acompanhamento médico é fundamental", explica.
"Existirá também a restrição para atividade física e orientação de abstinência sexual. A produção de leite deverá ser bloqueada com o uso de medicação e o ciclo menstrual tenderá a normalizar em até 6 semanas após a perda", acrescenta.
A ginecologista ainda aponta que há sinais de alerta que devem ser observados com mais atenção, principalmente por indicarem complicações. "São eles: dor intensa, sangramento vaginal intenso, odor fétido da cicatriz cirúrgica ou da secreção vaginal, elevação ou queda intensa da pressão arterial e febre", reforçou.
"A perda gestacional, popularmente conhecida como 'luto invisível', é pouco discutida. Existe um silêncio social em torno deste tema, o que o torna ainda mais complexo. As pessoas ao redor da gestante não sabem como enfrentar e, na grande parte das vezes, magoam com comentários e opiniões desnecessárias, e acaba que muitas vezes a mulher se sente sozinha em sua dor", diz.
"A mulher deve se permitir viver o luto e respeitar seu tempo. Se isolar, chorar, sentir raiva, tentar achar um motivo ou ainda sentir-se culpada são reações normais. Familiares próximos são os grandes responsáveis pelo acolhimento da paciente, mas a ajuda profissional é imprescindível. Hoje contamos com terapeutas especializados e amplamente capacitados a auxiliar esta mulher a ressignificar e reestruturar sua vida", conclui sobre o caso da atriz e da apresentadora.
Ver esta publicação no Instagram
Leia também: Especialista alerta sobre perda de bebê de Tati Machado: 'Luto'