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Ana Hickmann enfrenta luto duplo por pets e psicóloga alerta: 'Ainda mais devastador'

Para CARAS Brasil, psicóloga analisa luto de Ana Hickmann após a morte de cachorros e explica como a dor pode ser tão intensa quanto perder um familiar

Dra. Leticia de Oliveira e Gabriela Cunha
por Dra. Leticia de Oliveira e Gabriela Cunha

Publicado em 20/06/2025, às 12h55

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Ana Hickmann perdeu dois cachorros em menos de um mês - Reprodução/Instagram
Ana Hickmann perdeu dois cachorros em menos de um mês - Reprodução/Instagram

Após comunicar a morte do cãozinho Rodofinho, poucas semanas depois de perder o Bóris, Ana Hickmann desabafou nas redes sociais sobre o momento delicado. A apresentadora, que é apaixonada por animais, vive agora um luto em dobro, realidade que pode ser emocionalmente exaustiva.

Mas até que ponto a perda de um animal pode abalar emocionalmente uma pessoa ou uma família? Para entender os efeitos desse tipo de luto, a CARAS Brasil conversou com a psicóloga Leticia de Oliveira, que explicou como essas perdas podem afetar até mais que o esperado.

Perder um pet pode doer tanto quanto perder alguém da família?

Segundo a especialista, sim. A dor pode ser profunda e, em muitos casos, comparável ao luto por um ente querido.

"Sem dúvida. Para muitas famílias, os animais de estimação não são apenas companheiros — eles são membros da família. A relação que se constrói com um pet é baseada em afeto, cuidado, rotina e amor incondicional. Por isso, a dor da perda pode, sim, ser comparável ao luto por um ente querido", afirma Leticia.

Ela ressalta que os sintomas mais comuns incluem "tristeza profunda, choro frequente, sensação de vazio, falta de motivação, distúrbios no sono, alteração no apetite e até um certo isolamento social". E em casos como o de Hickmann, em que duas perdas acontecem em sequência, os efeitos emocionais podem ser potencializados.

"No caso de perdas sucessivas, como aconteceu com a Ana Hickmann e o filho dela, esse impacto pode ser ainda mais devastador, porque não há tempo emocional suficiente para que a primeira dor seja processada antes que a segunda aconteça. Isso potencializa sentimentos de impotência, desamparo e até revolta", completa a psicóloga.

Quando o luto por um animal exige atenção psicológica?

Apesar de o luto ser um processo natural, Leticia explica que há sinais que indicam que o sofrimento pode ter ultrapassado o limite saudável e exigir ajuda profissional.

"O luto é um processo natural e necessário. Cada pessoa tem seu próprio tempo e forma de viver esse momento. Porém, quando a dor se torna paralisante, quando a pessoa perde o interesse por atividades do dia a dia, se isola, tem crises de ansiedade constantes, apresenta pensamentos muito negativos ou sente que não consegue mais retomar a rotina, isso acende um sinal de alerta", destaca.

Ela enfatiza a importância da psicoterapia em situações como a de Ana: "Perdas sucessivas, como no caso da Ana, aumentam muito o risco de um luto complicado, onde as emoções se sobrepõem e ficam difíceis de serem elaboradas. Nesse cenário, buscar ajuda psicológica é fundamental. A terapia oferece um espaço seguro para acolher essa dor, organizar os sentimentos e construir recursos emocionais para atravessar esse processo de forma mais saudável."

Ana Hickmann com alguns de seus cachorros
Ana Hickmann com alguns de seus cachorros - Instagram

Como ajudar uma criança a lidar com a morte de um animal?

A dor do filho de Ana Hickmann também deve ser acolhida com sensibilidade. De acordo com a especialista, o luto infantil precisa ser tratado com cuidado, evitando mentiras ou omissões.

"O luto infantil precisa ser olhado com muita atenção e acolhimento. Muitas vezes, na tentativa de proteger a criança da dor, os adultos evitam falar sobre a morte, usam metáforas confusas ou até mentiras, como 'foi morar no céu dos bichinhos'. Embora bem-intencionadas, essas atitudes podem gerar insegurança, confusão e até ansiedade na criança", explica Leticia.

Ela recomenda que pais sejam transparentes e afetivos ao explicar a situação: "O caminho mais saudável é ser honesto, claro e, principalmente, afetuoso. Explicar que o pet estava doente, ficou velhinho, ou que o corpinho dele não aguentou mais é uma forma de ajudar a criança a entender que a morte faz parte da vida."

Além disso, rituais de despedida e espaços para expressão emocional podem ajudar a ressignificar o luto: "Rituais de despedida, como escrever uma carta, desenhar lembranças felizes ou fazer uma pequena cerimônia, ajudam a criança a ressignificar aquela perda. Além disso, estar presente, ouvir e acolher as emoções do filho faz toda a diferença para que ele elabore esse luto de forma mais leve e segura."

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