Após revelar que perdeu a filha recém-nascida, a cantora Lexa conta todos os detalhes do que viveu no hospital e a gravidade do seu caso
A cantora Lexa vive uma piores dores do mundo: o luto pela morte de um filho. Há poucos dias, ela enterrou sua primeira filha, Sofia, fruto do noivado com o ator Ricardo Vianna. A menina faleceu em decorrência do parto prematuro com pouco mais de 6 meses de gestação. Ao lamentar a dor de perder a filha, ela contou detalhes do período em que esteve internada com pré-eclâmpsia.
Lexa contou que lutou de todas as formas que conseguiu para que a gestação evoluísse, mas precisou ser levada ao centro cirúrgico para o parto cesariana com 25 semanas de gestação. Inclusive, ela contou que correu risco de perder a própria vida por causa do agravamento do seu quadro de saúde enquanto tentava segurar a gravidez.
"Foram 25 semanas e 4 dias de um gestação muito desejada! Uma pré-eclâmpsia precoce com síndrome de Help, 17 dias de internação, Clexane, mais de 100 tubos de sangue na semi intensiva e 3 dias na UTI sulfatando e lutando pelas nossas vidas minha filha. Lembro da última noite grávida, eu não conseguia dormir e você mexeu a noite toda, você sabia me acalmar como ninguém, eu rezei tanto e implorei tanto pra que tudo desse certo, eu cantei pra barriga, fiz playlist de parto", disse ela.
E completou: "Eu tomei AAS e cálcio na gestação toda, fiz um pré natal perfeito, fiz tudo, mas minha pré-eclampsia foi muito precoce, extremamente rara e grave… O meu fígado começou a comprometer, os meus rins e o doppler da minha bebezinha também… Mais um dia e eu não estaria aqui pra contar nem a minha história e nem a dela".
A cantora ainda contou que conseguiu ver a filha com vida em seus braços antes do adeus. “Pude carregar minha filha, olhar para ela, vê-la respirando… Serei eternamente grata Dra. Camila Martin e toda a equipe. Foi como ela mesma me disse, em todos esses anos dela como médica/obstetra, o meu caso foi um dos mais graves e desafiadores até hoje”, afirmou ela nos stories.
Além disso, a artista desabafou sobre a fase de tristeza que está vivenciando. “Eu estou vivendo o meu luto e o meu deserto. Tenho fé que em breve sairei dele. Eu experimentei do maior amor do mundo e da maior dor também. Por hora eu só quero ficar quietinha. Depois que somos mãe, uma nova pessoa nasce. Espero que essa nova versão sorria de verdade, viva intensamente, volte a trabalhar com muita energia e idealize coisas lindas. Mas, por hora, eu preciso respeitar a minha solidão. Já já eu volto, não como antes, mas eu volto”, finalizou.
Ver essa foto no Instagram
A CARAS Brasil conversou com a Dra. Bianca Bernardo, ginecologista e especialista em reprodução humana na Nilo Frantz, para saber mais detalhes sobre a complicação que levou a cantora Lexa ao hospital. Para começar é importante explicar o que é a pré-eclâmpsia. "A pré-eclâmpsia é uma complicação que ocorre durante a gravidez após a 20ª semana, caracterizada por hipertensão arterial (pressão arterial elevada) e perda de proteína na urina (proteinúria)", afirmou a médica.
De acordo com a ginecologista, a cura da pré-eclâmpsia é o nascimento do bebê para que a gestação seja finalizada. "A cura é o parto com a retirada da placenta", informou. Porém, nem sempre o parto pode ser feito logo depois do diagnóstico, já que o bebê pode ser prematuro demais para nascer. Com isso, os médicos podem optar por outros cuidados para seguir com a gestação por mais tempo. "[O nascimento prematuro pode ser evitado] Desde que a gestante seja acompanhada por profissional em pré-natal de alto risco com estabelecimento oportuno do tratamento mais adequado. A gestação pode ser levada até o momento onde não haja risco materno ou fetal envolvido", declarou.
A complicação na gravidez é considerada grave e pode evoluir para problemas de saúde na mãe e no bebê. "É uma condição grave que pode afetar a saúde da mãe e do feto. No caso da mãe, pode levar a disfunção de órgãos, como o fígado e os rins, fatores de coagulação, descolamento de placenta levando a sangramento, convulsões (eclampsia), podendo até levar a morte materna se não tratada adequadamente. No caso do feto, pode levar a parto prematuro, insuficiência placentária, restrição e crescimento fetal, alterações na vitalidade fetal, também podendo levar ao óbito fetal se não for tratada adequadamente", afirmou a doutora.
Leia também:Lexa comove ao falar da sensação de enterrar a filha: ‘Indo junto’