Em sua segunda internação, José Mayer tem feito tratamento para uma doença autoimune chamada Granulomatose de Wegener
O ator José Mayer (73) está enfrentando um momento delicado em sua vida pessoal por conta de problemas de saúde. O ex-galã da TV Globo chegou a passar mais de 20 dias internado após apresentar um sangramento no pulmão, provocado pela doença autoimune chamada Granulomatose de Wegener.
Na última semana, o artista foi novamente internado, mas desta vez com suspeita de surto psicótico. Em comunicado divulgado na imprensa, a assessoria do artista preferiu não comentar o caso, mas garantiu que ele continua em tratamento médico.
"Informações que pretendem criar factoides pautados em um profundo desrespeito com o ator José Mayer não serão comentadas por este canal. Esclarecemos que o ator segue internado em razão do extenso protocolo de tratamento da doença", disse.
A Granulomatose de Wegener é uma doença autoimune na qual existe a produção de anticorpos contra a parede dos vasos sanguíneos, provocando inflamação que compromete a chegada de sangue nos vasos sanguíneos, que se manifesta na pele, no trato respiratório, nos rins, nas articulações, no sistema nervosos central e periférico.
Em conversa com a CARAS Brasil, o otorrinolaringologista, Bruno Borges de Carvalho Barros, revela que no sistema respiratório, a doença pode surgir de maneira crônica e comprometer o nariz, apresentando sintomas parecidos com o de uma sinusite ou rinite.
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"Este acometimento ocorre entre 70-100% dos casos", disse ele, que ainda alerta que há um outro sentido que pode sofrer com a doença: a audição. Segundo ele, os pulmões também podem apresentar sintomas, como no caso do ator José Mayer.
"Pode acontecer a perda auditiva irreversível que ainda pode vir acompanhada de tontura e zumbido e os pulmões também costumam apresentar anormalidades em mais de 90% dos exames radiológicos e geram tosse produtiva e até desconforto para respirar", contou.
O diagnóstico é feito com exame de sangue ou até ser necessária uma biópsia da lesão para que o tratamento seja feito de maneira adequada para controlar o processo inflamatório provocado pela reação autoimune, com medicações à base de corticoides e imunossupressores.
O médico neurocirurgião do Hospital das Clínica de SP, Dr. Fernando Gomes, também alerta que a taxa de incidência é de 2 a 12 acometidos a cada um milhão de habitantes, sendo a maior prevalência em pessoas brancas do gênero masculino. "A doença tem tratamento, mas exige acompanhamento médico adequado", declarou.
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