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Dani Ornellas vai para delegacia denunciar racismo por parte de vizinha

Atriz de 'Malhação' lamenta atitude contra sua religião e tom de pele e bate de frente

CARAS Digital Publicado em 18/07/2018, às 17h36 - Atualizado em 19/07/2018, às 11h27

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Dani Ornellas - Reprodução/ Instagram
Dani Ornellas - Reprodução/ Instagram

Dani Ornellas esteve na 7ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Teresa para registrar um boletim de ocorrência por injúria racial e intolerância religiosa contra sua vizinha nesta terça-feira, 17. A atriz estava em casa com seu filho de 7 anos quando começou a ouvir a vizinha gritar. Ela mandava desligar a "música de preto", pois aquilo era macumba e ela não queria ouvir.

Ela ainda comparou a cena a uma vivida por sua personagem em Malhação. "A vida imitou a arte da pior maneira possível. Fiz a Mãe Simone de Oxum, em Malhação, que é uma religiosa que tem a casa depredada e quase é assassinada por intolerância religiosa. E ontem à tarde passei pela mesma situação na minha casa. Estava rezando para Xangô com o meu filho quando a minha vizinha começou a gritar", relembrou ela em seu Instagram. E ainda diz que a vizinha já demonstrou sinais de violência antes. "Não foi a primeira vez. Mas hoje eu disse que bastava. É a minha religião, de matriz africana. O meu silêncio diante da atitude dela tinha chegado ao final", contou.

Abalada, a atriz foi fazer a denúncia na companhia de Ricardo Brajterman e Rodrigo Mondego, ambos advogados. Os dois elogiaram a atitude dela. "O que você fez é muito importante. As pessoas vão deixando passar, vão engolindo... E a intolerência nunca é combatida. Mas chega um momento em que deve ser demonstrado que é uma prática criminosa", comentou Ricardo. "Infelizmente a lei de racismo foi dilapidada por dentro. Quando se enquadra, é só injúria. E, mesmo assim, existe dificuldade para colocar isso em prática e enfrentar esse problema. Mas fazer a ocorrência é o primeiro passo", estimulou Rodrigo. Eles afirmaram que foi uma vantagem ela ter gravado os xingamentos, pois as provas são o mais difícil de conseguir nesses casos.

Dani acata tudo isso e diz que não vai mais ficar calada. "As outras pessoas escutam músicas evangélicas e nunca foi um problema. Por que só a minha é? Não podemos perpetuar o racismo. Não posso me calar. Se eu não tivesse postergado a queixa contra ela, meu filho talvez não estivesse passando por esse momento. Mas agora ele sabe que a mãe está aqui agindo", declarou.