Em entrevista à CARAS Brasil, Cláudia Abreu falou sobre viver protagonista que enfrenta morte da filha em novo filme
Publicado em 17/08/2023, às 07h30
Cláudia Abreu (52), conhecida por seus diversos papéis na atuação, soma mais um filme para o currículo com o novo longa de ação Tempos de Barbárie - Ato I: Terapia da Vingança, que estreia nesta quinta-feira, 17, nos cinemas. Na trama, ela vive a protagonista Carla, que enfrenta o luto com uma busca por vingança após a morte da filha durante um assalto. Em entrevista à CARAS Brasil, a atriz falou sobre encarar os reflexos da violência no longa e ainda entregou como o papel de mãe fora das telas influenciou o trabalho: "Me impactou".
"É dureza, tanto fazer o filme - se colocando no lugar dessa mãe - como depois assistir, porque não tem como você não se transportar para várias pessoas que você conhece ou por ter simplesmente visto ou acompanhado o calvário de pessoas em busca de justiça. Como é injusto, tantas pessoas são atravessadas por tragédias e, ainda assim, tem que defender as honras dos filhos. Estamos cansadas de tantas mães com tantos sofrimentos", compartilhou Cláudia Abreu.
"Foi muito bom que esse filme de ação tenha sido feito por duas mulheres, duas personagens fortes, cada uma lidando com a sua tragédia de maneira absolutamente diferente. Acho que, para mim, tem esse sentimento materno e a impotência diante da violência com um filho ou uma filha. Partir desse maior temor que todas nós temos como mães e, ao mesmo tempo, partir dessa grande humanidade para a desumanização, uma questão absolutamente árida, de você estar morrendo por dentro aos poucos, ao optar pela vingança", acrescentou a estrela de Tempos de Barbárie.
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Mãe fora da ficção, Cláudia Abreu também contou que um dos momentos mais marcantes das gravações do filme foi contracenar com a intérprete da filha de sua personagem: "A menina que faz a filha é uma atriz muito especial, doce, solar, ela tem uma fagulha de vida e uma empolgação de estar fazendo o filme e começando como atriz. O contraste dessa menina tão solar e o que acontece com ela no filme, para mim, foi muito dilacerante. Foi uma coisa que me impactou muito, porque é o que você vê em casos reais".