As atrizes Cinara Leal, Dani Ornellas e Roberta Rodrigues denunciaram racismo de diretor e equipe nas gravações da novela das seis
As artistas que denunciaram racismo nos bastidores da novela Nos Tempos do Imperador estão recebendo apoio de famosos nas redes sociais.
Cinara Leal (44), Dani Ornellas (43) e Roberta Rodrigues (39) procuraram a direção da Globo para reclamar de comportamentos do diretor artístico da trama das seis, Vinicius Coimbra. Elas alegam que Coimbra e sua equipe tinham falas e atitudes preconceituosas e chegaram até a separar pessoas brancas e negras em documentos e nos camarins da produção.
Após a coragem das atrizes em denunciar e a repercussão na web, elas receberam carinho de celebridades como Juliana Alves (39), Taís Araujo (43) e Olívia Araujo.
“Hoje posso deixar público aqui meu apoio a Roberta Rodrigues, Dani Ornellas e Cinara Leal, atrizes gigantes, que viveram na pele um período de graves e dolorosos atos de racismo. O caso tem suas especificidades e gravidade, mas é importante lembrarmos que casos de racismo acontecem cotidianamente no audiovisual e se manifesta de diversas formas. Ninguém quer ter que continuar falando e reagindo a isso. Nosso desejo é simplesmente atuar e fazer nossa arte. Mas quando uma atriz negra chega em um set de gravação ou filmagem, muitas vezes ela já enfrentou uma barra nos bastidores, desde o processo de caracterização para a personagem. São anos de histórias em comum. Como já disse Viola Davis: ‘A diferença entre atrizes negras e brancas são as oportunidades’. Inclusive de poder ‘simplesmente atuar’ e não ter mais esse tipo de obstáculo”, começou escrevendo Juliana Alves em seu feed no Instagram.
"UBUNTU. Eu sou porque nós somos. Durante muitos anos ouvimos que tínhamos que nos adequar, mas já passou da hora dos criadores brancos se adequarem. Hoje temos mais escuta e oportunidade de trabalhar com aliados que buscam a desconstrução dessa estrutura, a partir da desconstrução de seu próprio pensamento e olhar. Tivemos muitas vitórias, mas sabemos que essa história só vai mudar quando tivermos mais criadores negras e negros no texto, na caracterização, na direção e trilhando os caminhos e decisões. Parafraseando Angela Davis: Quando “a gente” se movimenta todo o “audiovisual” se movimenta junto", continuou.
"Quero dizer pra cada uma de vocês: eu sinto muito. Eu te respeito, te exalto e te honro. Saibam, meus amores, que marchamos juntas. Marcharemos enquanto for preciso, nos levantando, reerguendo a cabeça quantas vezes forem necessárias. Somos diversas e somos uma legião gigante. Dizendo e gritando, com arte, com poesia, com tempo, com força, com leis, com autoridade, com afeto, com luta, em nome das nossas ancestrais: RACISTAS NÃO PASSARÃO. OBRIGADA. Que sirva de exemplo. Parabéns pela coragem. Vocês são uma imensidão diante disso tudo. Muitas vitórias virão. Amo vocês", finalizou.
A esposa de Lázaro Ramos (43) repostou o longo texto de Juliana, ressaltando a expressão 'dororidade', união entre as mulheres negras.
Olívia Araujo (49): "O que nos atravessa na maioria das vezes é muito difícil compreender. Eu sou porque nós somos Ubutu", escreveu a atriz. "Muito obrigada, irmã. Estou desde ontem dopada de remédio e ter seu apoio, seu acolhimento é impotente demais", disse Cinara nos comentários.
Cacau Protásio (46): "Rainhas, recebam meu amor, meu carinho, meu abraço, meu afeto…, nós merecemos respeito".
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