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Anderson Muller faz desabafo sobre meio artístico: 'A causa gay é mais difícil'

Em participação no podcast Ser Artista, o ator Anderson Muller abriu a intimidade e relembrou o sucesso do casal Norminha e Abel, de Caminho das Índias

CARAS Digital Publicado em 29/04/2024, às 15h58 - Atualizado em 30/04/2024, às 17h17

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Anderson Muller fez sucesso com o personagem Abel, em Caminho das Índias - Foto: Divulgação / TV Globo
Anderson Muller fez sucesso com o personagem Abel, em Caminho das Índias - Foto: Divulgação / TV Globo

Anderson Muller (54) afirmou que a pauta LGBTQIAP+ ainda é muito rejeitada dentro da comunidade artística. Segundo o famoso, muitos atores ainda sofrem dentro do meio, mesmo tendo diversas pessoas que apoiam a causa publicamente. A declaração foi dada durante participação no podcast Ser Artista, no Youtube.

"Tem uma coisa que me incomoda muito, principalmente, na minha classe. É muito difícil para as pessoas a causa gay. Não é cômodo, incomoda. Todo mundo aceita bem as outras causas, a causa gay é mais difícil", disse ele durante o bate-papo com o apresentador Marcus Montenegro.

Mas apesar das dificuldades dentro do universo artístico, ele garante que sua sexualidade nunca foi um tabu em sua família. "Temos aquela frase: a pessoa é muito moderna para os outros, mas dentro de casa ela não é. Mas dentro da minha casa isso foi quebrado", destaca. 

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Ainda durante o programa, Anderson relembrou o sucesso da novela Caminho das Índias, escrita por Gloria Perez. Na trama, ele interpretou Abel, um agente de trânsito que acabava sendo alvo de traições de sua esposa, Norminha (Dira Paes). 

Em meio à popularidade do casal, o ator conta que ficou impressionado com o alcance que a novela teve na época, chegando a ser notado durante um pequeno passeio pelas ruas do Rio de Janeiro. “Teve um dia que eu saí do Projac após a briga dos dois personagens e vi que não tinha nenhum trânsito na rua. Todo mundo estava assistindo a novela. Tinham televisões na rua e as pessoas assistindo", conta. 

"A separação de Norminha e Abel deu muito o que falar. No dia seguinte, eu retorno para o Projac, às 7h da manhã e um caminhão me para e eu ouço: seu Abel, o senhor não pode deixar aquela mulher fazer isso com você!”, relembra.