Em entrevista à CARAS Brasil, Ana Luiza Ferreira refletiu sobre estrelar Beetlejuice - O Musical e conexão com sua personagem
Publicado em 25/11/2023, às 07h30
Ana Luiza Ferreira estrela Beetlejuice - O Musical, espetáculo da Broadway que está em cartaz na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, e que vem para São Paulo em janeiro de 2024. Em entrevista à CARAS Brasil, a atriz, que perdeu o pai pouco antes de receber a confirmação para o papel, falou de aprendizados com a produção e refletiu sobre a conexão com sua personagem: "Me ensina todo dia".
"A Lydia me ensina todo dia a seguir em frente. Que mesmo no meio do seu maior pesadelo, a vida continua, coisas boas vão acontecer e você vai conseguir ser feliz de novo. Subo no palco todo dia para ele e por ele", compartilhou a estrela de Beetlejuice - O Musical.
Fã do filme de mesmo nome que originou a peça da Broadway, Ana Luiza Ferreira revelou que a conexão com sua personagem também veio por meio de experiências parecidas. "Sempre falo que o maior instrumento de pesquisa do ator é ele mesmo. Eu e a Lydia compartilhamos experiências muito parecidas e eu busco nelas a verdade que transmito no palco".
A atriz de Beetlejuice - O Musical ainda entregou que as raízes das semelhanças com o papel datam desde sua adolescência: "Eu fui uma adolescente muito parecida com a Lydia em muitos aspectos, nunca me senti pertencente a lugar nenhum, me achava esquisita, só vestia preto e ouvia bandas emo. Tivemos vivências muito parecidas. Muitos diálogos que acontecem na peça me são familiares".
"A conexão com a Lydia veio de uma forma muito natural. Estudei todas as referências possíveis. Além do filme e de vídeos do musical original, mergulhei no universo da personagem: busquei ver os filmes que ela curtiria ver, as músicas que curtiria escutar, li contos góticos e livros sobre depressão", explicou Ana Luiza Fereira.
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Além dos ensinamentos da personagem, a atriz de Beetlejuice destacou que continua aprendendo diariamente com o elenco estrelado de comediantes na peça. "Eles são aula o tempo todo. [...] A gente ria genuinamente todos os dias nos ensaios e segue rindo assistindo nas coxias do teatro. O que é incomum, porque depois de um tempo, a gente acaba se acostumando com a piada do texto. Mas isso não acontece em Beetlejuice. A gente ri todo dia das coisas que estamos ouvindo há meses. Eles são vivos, reis do improviso e, ao mesmo tempo, seguem constantes. Isso é aula".
FOTOS: LEO AVERSA