Autoridades prestam homenagem e familiares acompanham enterro da Dra. Zilda Arns, em Curitiba
Muita comoção e uma multidão de admiradores marcaram o enterro da médica e sanitarista
Zilda Arns, em Curitiba, no sábado, 16. Acompanhado apenas pela família e membros da Pastoral da Criança, o cortejo levou a fundadora da entidade para ser sepultada no Cemitério Água Verde, na capital paranaense. Quando o caixão foi sepultado, pombas brancas foram soltas lembrando a paz propagada por Dra. Zilda. Do lado de fora, admiradores do trabalho da médica batiam palmas e prestavam homenagem a ela.
Dra. Zilda faleceu na última terça-feira, 12, aos 75 anos, no Haiti. Ela estava na capital, Porto Príncipe, palestrando sobre o trabalho da pastoral infantil, quando foi vítima de um terremoto. Seu corpo chegou à capital paranaense na sexta-feira, 15, quando passou a ser velado coberto pela bandeira do Brasil, no Palácio das Araucárias - sede do governo no Estado.
O prefeito de Curitiba,
Beto Richa, compareceu ao velório e lamentou o ocorrido.
"É uma perda irreparável. Uma pessoa com uma bondade, uma solidariedade, um amor sem limites. E ficam agora os seus bons exemplos, os seus gestos, e certamente toda a humanidade deve muito à existência da doutora Zilda Arns", comentou.
O presidente
Luis Inácio Lula da Silva também esteve presente no velório da médica e anunciou que vai acatar a sugestão do governador do Paraná,
Roberto Requião, e indicar Dra. Zilda ao Prêmio Nobel da Paz. O presidente também anunciou que pretende criar um prêmio com o nome da sanitarista para incentivar entidades e iniciativas que se mobilizem no combate da mortalidade infantil.
Lula passou boa parte da celebração ao lado dos familiares de Dra. Zilda, entre eles o filho
Rubens Arns Neumann, que se mostrava bastante abalado.