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País participa, no domingo, do Dia Mundial de alerta sobre o diabetes

por Walter Minicucci* Publicado em 09/11/2010, às 14h48 - Atualizado às 19h37

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País participa, no domingo, do Dia Mundial de alerta sobre o diabetes
País participa, no domingo, do Dia Mundial de alerta sobre o diabetes
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) participa no domingo, dia 14, com cerca de 190 associações de mais de 150 países, do Dia Mundial do Diabetes. O evento chama a atenção das pessoas para a gravidade da doença e das complicações que provoca. O tema da campanha é: "Diabetes: Educar para Prevenir". Na verdade, as atividades em todo o país começaram no dia 7 e vão até o dia 14. Constam, basicamente, de entrevistas de especialistas pela mídia; palestras para portadores, seus familiares e leigos; atividades como corridas e caminhadas; mutirões para medir glicemia e fazer exame de fundo de olho e de pés; e iluminação de prédios como hospitais e associações de portadores de diabetes com o azul, cor oficial da doença, como o círculo azul simboliza a união mundial contra ela. Chama-se diabetes a um grupo de doenças metabólicas que se caracterizam pela ausência da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, ou por uma diminuição da ação da substância, levando ao aumento dos níveis de glicose (açúcar no sangue), o que causa aumento da sede e da necessidade de urinar, alterações visuais e, se não for controlado, a complicações em órgãos como olhos, rins, cérebro e coração, além de nervos e vasos sanguíneos. São três os tipos principais de diabetes: Diabetes tipo 1. Constitui 5% dos casos e é mais frequente na criança e no adolescente. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, em que o organismo produz substâncias que atacam as células beta do pâncreas, produtoras de insulina. A criança fica sem o hormônio fundamental para o processamento do açúcar, das proteínas e das gorduras. Isso causa necessidade exagerada de urinar, sede excessiva, emagrecimento, mal-estar e perda de peso. Se o portador não for tratado, isto é, não receber insulina três ou mais vezes ao dia, pode morrer até em alguns dias por coma diabético. Diabetes tipo 2. Constitui mais de 90% dos casos. Quem tem histórico da moléstia na família está mais suscetível. Ocorre mais em adultos obesos, sedentários, estressados e que consomem alimentos ricos em gordura industrial. Esses fatores dificultam a ação da insulina. Passa a haver maior necessidade da substância, que é necessária para a metabolização de açúcares, gorduras e proteínas, o que obriga o pâncreas a "trabalhar" mais. Ao longo dos anos, o diabetes leva à destruição da glândula por exaustão. Os sintomas são os mesmos do Tipo 1. Diabetes Gestacional. Surge em consequência do aumento das necessidades de insulina na gravidez, levando o pâncreas ter de produzir mais desse hormônio, que acaba sendo insuficiente. Após o parto, 50% das mulheres se livra da doença, porém fica mais suscetível a desenvolvê-la no futuro. Quando não é tratado adequadamente, o diabetes pode levar a cegueira, insuficiência renal, amputação de membros e doenças cardiovasculares, entre outros problemas graves. A maioria dos diabéticos morre de acidente vascular cerebral, angina ou derrame. Pode-se evitar a doença controlando o peso, praticando atividade física, controlando o estresse e alimentando-se de maneira saudável. É fundamental diagnosticá-la logo e tratar, pois as complicações só ocorrem em quem não controla os níveis glicêmicos, o colesterol, a pressão arterial e não evita o fumo.