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Água é fundamental para a saúde. Não se consegue sobreviver sem ela

por André Luiz Baptiston Nunes* Publicado em 05/04/2011, às 00h28

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Água é fundamental para a saúde. Não se consegue sobreviver sem ela
Água é fundamental para a saúde. Não se consegue sobreviver sem ela
Comemorou-se em 22 de março o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas em 1992. Foi uma ótima ocasião para todos refletirem e passarem a contribuir de fato para mudar a situação catastrófica em que se encontra esse bem tão precioso no planeta. A água é a coisa mais abundante na Terra, mas apenas 1% dela é próprio para consumo. Os humanos, porém, de maneira irresponsável, a têm poluído, sobretudo com resíduos industriais e esgotos domésticos não tratados que são lançados em rios e mares, e baixado constantemente aquele índice. Assim, já falta água potável em muitas regiões, em especial nas mais pobres e carentes da África e da América Latina. As previsões, aliás, são sombrias: se a situação continuar como está, em breve a água potável poderá ser tornar um bem raro e, portanto, muito caro. Infelizmente, da maneira com que o homem trata a água, esta pode também se tornar um perigoso veículo de doenças como hepatite A, diarreias infecciosas e leptospirose, entre outras, além de seu papel nos criadouros do mosquito transmissor da dengue. A água, como se sabe, é imprescindível para o organismo humano, participando de todos os processos biológicos. Cerca de 60% do peso do corpo de uma pessoa adulta sadia deve-se a ela. É o veículo que transporta as células que compõem o sangue, as proteínas, os nutrientes, os hormônios e o próprio oxigênio. Desse modo, nenhum organismo sobrevive sem ela. É fundamental ainda porque ajuda a regular a temperatura do corpo dos mamíferos. Eles suam, a água passa do estado líquido para o gasoso, evapora e retira calor do corpo. Tal processo consome muita energia, baixando assim a temperatura corporal. Essa perda é normal, claro, e se a água é reposta não há nenhum problema. Para se manter bem hidratado, em condições normais um indivíduo adulto de 70 quilos precisa tomar 2 litros de líquidos diariamente. Se não o faz, pode ficar desidratado. A desidratação coloca em risco todo o funcionamento do organismo. Ocorre, então, redução dos fluidos do sangue e das células, diminuição do fluxo sanguíneo renal e cerebral e, nas situações de falta extrema de líquidos, a queda da pressão arterial pode ser fatal. A desidratação aumenta também o risco de formação e/ou da progressão dos cálculos renais. O organismo perde água, em primeiro lugar, pela urina. Uma pessoa sadia produz 1 a 2 litros de urina diariamente, dependendo do peso e de quanto ingere de líquidos, porque precisa expelir substâncias tóxicas como ureia, ácido úrico e fosfatos. Perde-se água também pela respiração, pela transpiração, que varia de acordo com a temperatura, e pelas fezes. No inverno, um adulto comum perde pouca água. Mas, no verão, época em que em geral tem mais atividades ao ar livre, as perdas são bem maiores. O sinal de desidratação que o corpo emite é a sede. Assim, é preciso ficar atento e ingerir líquidos. Devemos ficar atentos às crianças, pelo fato de seus mecanismos corpóreos ainda estarem em desenvolvimento, principalmente no caso das menores, que não são capazes de se queixar. Merece atenção especial também o idoso, porque seu mecanismo de sede aos poucos vai se deteriorando. Mas às vezes é necessário desconfiar da sede, porque pode ser igualmente indicação de doenças. O portador de diabetes mellitus, por exemplo, cuja incidência aumenta bastante, costuma sentir muita fome e muita sede e urinar muito. Pessoas com esses sintomas devem consultar um médico. É preciso destacar, finalmente, que a água deve ser ingerida com moderação pelos portadores de algumas doenças, como insuficiência renal, cardíaca e hepática, pela possibilidade de retenção hídrica associada a essas doenças. Podem ser sintomas sugestivos de retenção de líquidos o inchaço e a falta de ar.