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Luz pulsada é a nova esperança no combate ao melasma, doença de pele

por <b>Patrícia Guedes Rittes</b>* (CRM 48444) Publicado em 06/04/2010, às 16h40 - Atualizado em 07/07/2010, às 18h09

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Luz pulsada é a nova esperança no combate ao melasma, doença de pele
Luz pulsada é a nova esperança no combate ao melasma, doença de pele
O melasma se caracteriza pelo aparecimento de uma mancha castanha de tamanho variável na pele. A doença pode ocorrer em todo o corpo, porém é mais frequente nas faces, testa, pescoço e colo. Pode se manifestar em qualquer adulto, mas é mais comum na mulher em geral após os 25 anos. Também é mais frequente em pessoas de pele morena do que nas de pele clara. Quando aparece em grávidas, é chamada cloasma. Grávidas de pele clara têm 50% de possibilidade de apresentar melasma; já nas de pele castanha ou parda esse risco sobe para 70%. Em geral as manchas ocorrem ao mesmo tempo dos dois lados. Existem basicamente três padrões: o centro-facial, o malar e o maxilomandibular. No padrão centro-facial, o mais frequente, as manchas aparecem nas regiões malares, fronte e lábio superior. No padrão malar, aparecem nas regiões malares e também no nariz. E no padrão maxilomandibular, nas mandíbulas. A causa da doença ainda é desconhecida. Mas se sabe que os melanócitos - células que produzem a melanina, responsável pela coloração da pele - "enlouquecem" e passam a liberar melanina em excesso. É preciso destacar que as pessoas já nascem predispostas a desenvolver o melasma. Contribuem para seu desencadeamento ou agravamento a exposição excessiva aos raios solares e a elevação dos níveis hormonais na mulher durante a gravidez, quando faz reposição hormonal ou nos períodos em que usa pílulas anticoncepcionais. Os raios ultravioleta do sol e os hormônios estimulam os melanócitos a liberarem melanina, levando à pigmentação da pele. O melasma pode surgir de repente, após intensa exposição ao sol, ou se instalar aos poucos. Em geral melhora no inverno e se agrava durante o verão. A doença pode ser desencadeada ou agravada também pelo uso de cosméticos cuja fórmula tenha derivados de petróleo, psoralênicos - remédios para psoríase e vitiligo - e/ou drogas fotossensibilizantes. Portadores, em especial se sua autoestima está abalada, devem consultar um médico dermatologista. Quem tem a doença porque usa pílula precisa adotar outro método contraceptivo para as manchas clarearem. Já mulheres que a têm porque fazem reposição hormonal ou usam cosméticos com derivados de petróleo na fórmula, psoralênicos e/ou drogas fotossensibilizantes devem suspender o uso. O tratamento de melasma é feito com pomadas clareadoras. Mas as que têm hidroquinona na fórmula não podem ser usadas por mais de dois meses, sob pena de provocarem manchas brancas na pele. É importante, também, que o portador da doença use protetor solar diariamente para as manchas não voltarem a escurecer. Pesquisadores presentes ao último congresso da Academia Americana de Dermatologia, em Miami, em março, revelaram os resultados iniciais de novo estudo sobre o melasma provocado pela luz do sol. Descobriram que a radiação solar danifica o DNA das células produtoras de melanina - o que é chamado fotodano -, levando à formação de muitos microvasos no interior do melasma. Eles propõem que se combata o fotodano com luz pulsada - um tipo de luz - de baixa intensidade e com pomadas para eliminar o melasma. Segundo revelaram, as pesquisas ainda não foram concluídas, porém os resultados têm sido promissores.