A primeira-dama do Amazonas apresenta belezas do estado
Herdeira de pai libanês e mãe paranaense, ela aprendeu a ser solidária desde pequena. Nascida em Foz do Iguaçu, Paraná, escolheu o Amazonas, em 1994, como seu lar e, desde então, colabora voluntariamente para o desenvolvimento da igualdade social da região. Casada há nove anos com o governador do Estado, Omar José Abdel Aziz (53), a primeira-dama Nejmi Jomaa Abdel Aziz (41) faz jus ao significado de seu nome, de origem libanesa: estrela. “Como primeira-dama, consigo mobilizar e sensibilizarmais as autoridades em prol da melhor qualidade de vida dos amazonenses”, explica a mãe de Emjen (14), Enzo (12) e Johara (2) — cujas definições são: o seu nome, Nejmi, invertido; vitorioso e joia, respectivamente. “Sempre ajudei abrigos e, hoje, ensino essas atitudes aos meus filhos. Temos de fazer a nossa parte”, instrui ela que, com exclusividade à CARAS, ressaltou a importância de seu trabalho espontâneo, além de aliar suas intensas agendas ao papel de mãe e mulher de um respeitado político.
– Por que escolheu Manaus?
– Porque é uma cidade segura e tranquila, um cantinho de pessoas calorosas e receptivas. Também adoro a influência europeia em nossos prédios, como o Teatro Amazonas e o Palácio da Justiça.
– Como conheceu Omar Aziz?
– Vim para o Amazonas abrir uma indústria e acabei ficando. Como sempre fui envolvida em causas sociais, ajudava algumas pessoas em épocas de campanhas eleitorais. Foi a partir daí que conheci meu marido. Trabalhávamos lado a lado; acabou acontecendo.
– O rótulo de primeira-dama já a assustou algum dia?
– Não. Para mim é só um título, desde 2010. Continuo com as mesmas essências e amizades. Claro que minhas atitudes pesam muito mais, mas usufruo disso para gerar oportunidades à população.
– Como é sua rotina?
– Não tenho, pois meus dias são bem ecléticos. Faço pilates, corro quando posso, mando as crianças para o colégio, depois vou a instituições, bairros, sento para ler todas as cartas que recebo, dou palestras em escolas e escrevo em meu blog, para que todos os internautas tenham acesso às campanhas de conscientização.
– Dentro de casa, o assunto política é discutido?
– Como todo casal, falamos do dia a dia e a política faz parte disso. Mas, se as crianças estão conosco, dedicamos a atenção a elas. Se temos tempo livre, assistimos a bons filmes, reunimos a família para almoços, cultivamos orquídeas, gostamos de programas caseiros.
– Omar Aziz é...
– Meu porto seguro. Ele é meu amigo, está comigo em todos os momentos, é um paizão presente. É o equilíbrio, pois, enquanto digo para as crianças não comerem besteira, ele libera cheese salada, refrigerante e chocolate quando não estou por perto. Toda relação tem suas incompatibilidades — ele gosta de futebol; eu, de livros — mas não ultrapassamos nossos limites, sempre houve respeito mútuo.
– Quais são os princípios da educação de seus filhos?
– Todos. Sou rígida e faço o que é melhor para eles. A nota mínima é 9. Emjen e Enzo falam inglês e mandarim cada um, além do francês dela e o espanhol dele. A Johara já fala inglês e português. É importante conversar e interagir com os filhos, pois fui criada desta forma. Chamo minha mãe de senhora e eles me chamam assim também. Acredito na educação tradicional, em que os pais são o foco da orientação dos filhos.
– A política está nos planos?
– Um político tem de dominar as palavras, articular, cuidar de seu partido, de coligações. Eu, não! Sou mais direta, prática e objetiva. Esses trâmites são muito demorados. Com o trabalho voluntário,tudo acontece mais rápido, pois só depende de mim, de você.
– Todos os sonhos da senhora já foram realizados?
– Há pouco tempo, realizei mais um: o de ter Johara. Graças a Deus, tenho tudo que é preciso,mas sempre peço saúde para seguir em frente e fazer mais, como adotar filhos de coração. Ah, também quero ver meus herdeiros se casarem, além dos netinhos, claro. (risos)