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O foco na diversidade e nas heranças negras

Débora, Negrini e Caetano prestigiam Mart’nália e Martinho da Vila na 4ª-Edição do Black2Black

Redação Publicado em 27/11/2012, às 15h01 - Atualizado em 28/11/2012, às 01h52

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Débora Bloch, Alessandra Negrini e Caetano no evento carioca. Mart’nália e o pai, Martinho da Vila. - Gianne Carvalho e Ivan Faria
Débora Bloch, Alessandra Negrini e Caetano no evento carioca. Mart’nália e o pai, Martinho da Vila. - Gianne Carvalho e Ivan Faria

Ritmos influenciados pela cultura africana, como samba, hip hop e soul, deram o tom do fim de semana de muitas personalidades como as atrizes Débora Bloch (49) e Alessandra Negrini (42). Elas foram conferir a programação da quarta edição do Back2Black, maior festival de celebração das raízes negras da América Latina, na Estação Leopoldina, Rio. “Não perco nenhuma edição. É um evento relevante, reúne músicos que só temos oportunidade de ver aqui. Não conheço nada igual que promova esse encontro com a diversidade”, disse Alessandra. Um dos grandes entusiastas da temática no Brasil, o cantor e compositor Martinho da Vila (74) abriu a primeira noite de shows chamando ao palco a “amiga de Salvador” Virginia Rodrigues (48), que emocionou o público com o Canto de Iemanjá, de Baden Powell (1937 -2000) e Vinicius de Moraes (1913-1980). Com a filha Mart’nália (47), o sambista cantou músicas do seu novo CD, Martinho da Vila 4.5 Atual. “O festival é importante pois é uma confluência de culturas irmãs. Me sinto confortável de estar aqui. Eu e um grupo de amigos fazíamos parte de um segmento que já pensava neste intercâmbio em nosso País quando ainda não existia um evento assim”, declarou ele.

Responsável pela concepção e produção de Recanto, último trabalho de Gal Costa (67), Caetano Ve loso (70) também dirigiu o show que a diva da Tropicália levou ao Back2Black, no qual mostra novas versões para antigos sucessos, como Da Maior Importância e Folhetim. “Hoje, vejo o funk carioca como um fenômeno de criatividade. Gosto de axé, mangue beat, pagode, neo-padode, tecnobrega, forró e sertanejo”, simplificou Caetano. Uma das atrações mais esperadas do festival, a americana Lauryn Hill (37) saudou o público em Português — “Como vai?” — e brindou a plateia com grandes hits. “Vocês estão lindos”, disse, encantada com o coro de 4000 pessoas em Killing me Softly. Como prometido, a cantora, apontada como uma das mais belas vozes do soul contemporâneo, dividiu o palco com um brasileiro, o rapper Gabriel, o Pensador (38), e ainda fez uma homenagem ao Brasil tocando trecho de Águas de Março, clássico de Tom Jobim (1927-1994).

Uma das atrações do Back2Black realizado em Londres, em junho, Marcelo D2 (45) ressaltou a importância do evento. “O Brasil dá muito espaço aos mais variados tipos de música. Com a negra não poderia ser diferente. Para mim, filho do hip hop, o festival é imperdível!”, disse ele, com a mulher, Camila Aguiar (35).