Em entrevista exclusiva com à ‘CARAS Online’, o ator e humorista Nelson Freitas contou que ainda não acredita ter chegado entre os três primeiros na Dança dos Famosos, além de falar sobre seu time de coração e sobre seu sonho de viver na Austrália
Um dos destaques da edição da Dança dos Famosos deste ano, o ator e humorista Nelson Freitas, que desde 2001 integra o elenco do programa da Rede Globo Zorra Total, está entre os três finalistas da competição do Domingão do Faustão e afirma que é difícil de acreditar que possa ter alcançado, no mínimo, a terceira colocação. “Nem sei como cheguei até aqui. A ficha ainda não caiu direito. Era para eu ter saído no começo. Estou com 50 anos e o corpinho já não responde direito. Mas estamos aí, temperando com um pouco de garra, competitividade e uma pitada de carisma. Já é um feito!”, contou com exclusividade à CARAS Online. Confira entrevista completa!
- Já esperava esse excelente desempenho?
- Nunca...
- Você é muito engraçado e mostra isso durante os ensaios, ao lado de Carol Agnelo. Acredita que isso ajuda a conquistar os jurados e o público?
- O humor funciona até certo ponto, mas a gente precisa mostrar muito mais. Precisa mostrar que alguma coisa de bom e verdadeiro saiu de toda a exaustiva semana de ensaio. Não dá para enganar a essa altura da competição.
- Percebemos que precisa manter a seriedade para conseguir realizar o que foi ensaiado durante a semana no palco do Domingão do Faustão. Qual o nível de concentração que mantém antes de iniciar suas apresentações?
- O mais difícil para todo mundo é a tensão no dia da apresentação. A gente chega cedo pois o programa é ao vivo, e a espera é torturante. É uma administração de pânico: ondas de terror que vão e voltam o tempo todo... É "flórida!".
- A Carol Agnelo te castiga muito nos treinamentos?
- A Carol é uma graça de pessoa. Tem um humor refinado e ácido. Fala pouco, mas quando fala é um torpedo! Temos passado bons e maus momentos juntos e isso só faz crescer nossa afinidade. Ela é muito jovem, mas tem um temperamento maduro e se não fosse o carinho e a paciência dela, seria impossível estar vivendo o que estou agora.
- É nítido que há uma união muito forte entre todos os participantes. Sempre que alguém é eliminado, sentimos o carinho dos outros concorrentes. Como é isso?
- Esse é um dos pontos mais interessantes desta edição. Nós criamos uma amizade muito bacana, que não coaduna com o ambiente competitivo que a situação nos impõe. Foi um processo natural que realmente surpreende a nós mesmos. Subimos para a apresentação em um clima de campeonato, mas vestindo o uniforme do mesmo time. E quando termina, sempre um é, infelizmente, tirado do convívio, o que é difícil. É o “fair play”.
- Antes de se firmar no Zorra Total, teve participações em algumas novelas como Chiquititas e Uga Uga. Tem saudades de atuar em tramas?
- Completo neste ano 25 anos de carreira e nesses anos todos tive o prazer de viver o melhor de tudo o que me foi proposto dentro desse oficio. Há 11 anos no "Zorra", digo com sinceridade que me sinto muito bem fazendo o que faço, num ambiente de muita alegria e respeito ao meu trabalho, mas essa questão de voltar a fazer novelas nunca foi descartada do meu cardápio. Estou sempre à disposição da empresa para qualquer escalação que acharem conveniente, pois tenho versatilidade para encarar qualquer parada.
- Com as gravações, ensaios e apresentações no "Domingão", como tem conseguido "aproveitar" seu tempo livre?
- Tempo livre a essa altura eu não tenho nenhum. A ginástica é imensa pra alocar gravações, ensaios, viagens, shows. Portanto hoje em dia o que mais gosto de fazer é ficar em casa com minha mulher e minhas filhas e meu amado neto. Quando eles vêm da Austrália, é minha maior alegria.
- Pratica esportes?
- Uma das coisas que mais estou sentindo falta desde que comecei a dança, são as “peladas” (partidas de futebol). Seguidas das resenhas regadas a geladas com os amigos, mas tive que suspender para não correr o risco de comprometer toda a operação, mas assim que terminar vai ser a volta triunfal do "fiote" como sou chamado na “pelada”. O que vale é a amizade!
- Você nasceu em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, e torce para o Vasco. Como isto aconteceu?
- Saí de Mogi ainda muito jovem, com 13 ano,s quando fui para o Colégio Militar e já estou no Rio (de Janeiro) há 30 anos. Me identifiquei com o Vasco ainda no colégio por conta dos amigos e nunca me arrependi da escolha. Nesta terça-feira, 23, o Vasco vai fazer uma grande festa de aniversário e vou ser um dos mestres de cerimônia da festa que tenho certeza vai ser imperdível para os apaixonados pelo Vasco da Gama... Alô, vascaínos! Compareçam e prestigiem o clube nesse grande momento que vivemos!
- Conta sobre esse seu sonho de morar na Austrália.
- Há cinco anos a Gabriela, minha filha mais velha, decidiu alçar voos mais seguros para sua vida na Austrália e, desde então, estamos ligados a esse fantástico país. Sempre que dá, a gente se manda pra lá para matar as saudades dela e do meu neto, Felipe. A Austrália tem o mesmo clima que o Brasil, mas pelas razões que todos sabemos, tem uma qualidade de vida infinitamente melhor que aqui, partindo do princípio que é um país que respeita suas leis. Mas o mais importante é ficar perto do Felipe, o problema é que fica longe pra “dedéu”. São trinta horas de viagem do Rio a Gold Coast, cidade que eles moram. E se eles não resolverem voltar um dia, eu moro lá feliz da vida e fazendo show em inglês... já dizia aquele velho samba da Mocidade: "Sonhar Não Custa Nada".