Do básico ao barroco.
Algumas marcas têm um DNA tão consolidado que mesmo com mudanças à frente do estilo as coisas parecem só melhorar. Fato que se confirma no trabalho do designer Olivier Rousteing e suas apostas na atitude rockn’roll da mulher Balmain — agora com toques de frescor e simplicidade — em sua segunda coleção para a label francesa. Características que passam longe de looks monocromáticos ou de formas básicas demais. Cada detalhe e cada composição têm sua hora, seu momento. Podemos dizer inclusive que os detalhes chegam arrancando suspiros, e mostram mil e uma novas formas de apresentar materiais bem conhecidos. Pérolas e cristais se juntam em bordados pra lá de modernos nas calças sequinhas e nos casacos com ombros marcados, por exemplo. O estilo barroco aparece com jeitão jovem e ultrassensual também nas peças de veludo devorê (aquele com desenhos em relevo). Estes, por sinal, confirmam outra onda que deve tomar as ruas nos dias frios: a dos conjuntinhos. A antiga fórmula coordenada está de volta e pede ousadia de tecidos e cores escuras. Vale marinho, verde petróleo ou o bom e velho preto para deixar os conceitos do visual descombinadinho definitivamente para trás. As saias-lápis devem ganhar ainda mais adeptas nas produções menos clássicas, nas quais casacos pesados de modelagens retas se combinam com os atualíssimos abotinados. Dica válida para aquelas contempladas por pernas finas, ok? Caso contrário, uma boa meia-calça preta se torna indispensável. Golas altas e tricôs sequinhos arrematam o visual, como peças emblemáticas desta nova fase da marca. Garantia total de equilíbrio entre o clássico e o barroco.