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MARCO CAMARGO APRESENTA SEU DOCE LAR MUSICAL

Produtor premiado e jurado do Ídolos, ele curte sua musa, Fernanda, e os herdeiros, Yann e Enzo

Redação Publicado em 23/12/2008, às 13h44 - Atualizado em 28/11/2012, às 15h46

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Considerado um dos jurados mais criteriosos do programa Ídolos, da Record, Marco Camargo (49) não permite que esta fama passe da porta de sua casa. Pai zeloso e marido exemplar, o produtor musical divide as tarefas entre gravações do programa e a gravadora Captain Music, em Alphaville, bairro onde mora, em Barueri, Grande São Paulo. "Não sou bravo. Apenas digo a verdade e sou crítico. Meu lado afetivo não tem nada a ver com as pontuações técnicas que faço no Ídolos", diz Marco, que tem no currículo produções para Roberto Carlos (65), Ivete Sangalo (36) e dois Grammy Latinos. Em seu refúgio, Marco passa com a mulher, Fernanda Camargo (32), e os filhos, Yann (7) e Enzo (6), divertidos momentos, que incluem a maltês Loly. Casados há dez anos, eles escolheram morar no condomínio de luxo em 2005. Na mansão de 1100 m², decorada pela arquiteta Vera Carlini (37), Marco tem dois cantos preferidos: o do piano de cauda Fritz Dobbert e a área da piscina, point em que ele lê e compõe. - Quando resolveu começar a compor e produzir? - Aos 17 anos, montei uma banda cover dos Beatles. Uma noite estava tocando em um barzinho em São Paulo, onde nasci, e um produtor da EMI me convidou para gravar dois discos. Aceitei e iniciei carreira-solo. Como eu já compunha, comecei a dar algumas músicas minhas para artistas conhecidos, como Zezé di Camargo (46) e Luciano (35) gravar, entre elas Cama de Capim. A editora me chamou e ofereceu um contrato de exclusividade, no qual eu ganharia quase oito vezes mais. Achei o negócio atraente. Como já tocava piano e violão, passei a compor as canções e fazer arranjos. Comecei a acompanhar as gravações e naturalmente me voltei à produção. - Após tantos meses no ar, que balanço faz de Ídolos? - Hoje em dia é muito difícil lançar um artista porque as rádios e a mídia são segmentadas. O Ídolos está em uma emissora de grande porte e é líder no horário nobre. O programa é uma grande janela para lançar artistas. É sucesso. Tanto que a segunda temporada deve começar a ser gravada em maio. - Quais os critérios seguidos para analisar um candidato? - Os mais rigorosos possíveis. Estou no programa para escolher o melhor, a responsabilidade é grande. Se perceber falta de talento, falo na cara. O candidato tem de nascer cantor. Para mim ninguém se torna cantor. Não há faculdade para ser afinado. - Como você avalia os novos talentos musicais no Brasil? - Vejo artistas em busca de seu espaço na mídia, mas é quase impossível termos um novo Roberto Carlos. Antes os artistas conseguiam atingir diversos patamares. Hoje é mais duro obter o sucesso. - Analisando a sua trajetória profissional, qual considera uma produção inesquecível? - Inegavelmente vou citar Roberto Carlos, porque quem sou eu para produzir Roberto Carlos? Em 2002, estava em casa quando meu telefone tocou, por volta das 23h30. Ele se apresentou e eu achei que era brincadeira. Roberto começou a rir. Resolvi embarcar na conversa. Afinal, o máximo que poderia acontecer era no final da ligação um amigo meu se revelar. Mas era ele mesmo. (risos) Ele me chamou para conversar e fez o convite para produzi-lo. A minha resposta, claro, não podia ser outra: 'A que horas a gente vai?' (risos) Roberto Carlos é uma instituição, tanto que ganhei o Grammy Latino, em 2006, na categoria de Melhor Produtor pelo CD dele. - Fale sobre o seu primeiro Grammy Latino, em 2002, pela produção do CD Paz - Ao Vivo, do padre Marcelo Rossi. - O padre Marcelo quis gravar comigo um CD com as músicas de fé de Roberto. O problema é que a gravadora não costumava ceder as músicas. Então, fui pessoalmente conversar com Roberto e ele aceitou na hora. Gravamos ao vivo com mais de 30000 pessoas cantando na igreja do Terço Bizantino, em São Paulo. Algumas pessoas desmerecem, mas eu enfatizo que gravar com Roberto é maravilhoso e mais fácil, pois ele já é um grande artista. Quero ver ganhar um Grammy com um padre que não canta profissionalmente. - Após o final do Ídolos, quais os seus projetos para 2009? - Idealizei um programa musical, apresentei a idéia e ela foi muito bem aceita pela direção da Record. Pretendemos começar a gravar os pilotos e estrear no primeiro semestre de 2009. A idéia é incluir a música em diversas situações. - Você se julga romântico? - Muito. Minha mulher tem sensibilidade ímpar. Nos conhecemos há dez anos em uma casa noturna. Vínhamos de longos relacionamentos que não deram certo. Eu disse a ela que não gostaria de esperar muito para casar. Em seis meses, noivamos e casamos. - Com o nascimento de Yann e Enzo, o que mudou em sua vida? - Crianças são contagiantes, passamos horas brincando, nos divertindo. É uma delícia. Mas quando preciso impor disciplina, eu sei ser rigoroso. Sinto que eu e a Fernanda amadurecemos muito após o nascimento dos dois. - Pretendem ter mais filhos? - Deixo para Fernanda resolver. Mas preferia que fosse logo. Quem sabe uma menininha? Adoraria.