Marcelo Médici: 'Ser insistente é chato'

O ator Marcelo Médici está vivendo um belo momento com seu personagem Mimi, um italiano que morre de amores por Agostina (Leandra Leal). Na ficção, ele já viajou até o Brasil seguindo os passos de sua amada. Mas, na vida real, ele detesta esse tipo de situação. " Eu não acredito nessa insistência para nada: namoro, amizade, trabalho. Eu tive que insistir muito na minha profissão, mas já imaginou se eu ficasse na porta da casa da Marília Pêra pedindo que ela me dirigisse no teatro?", explica o ator, que continua, "ser perseverante é uma coisa, ser insistente é chato". Mas, quando se fala do viés profissional, nada melhor que um personagem 'piegas'. "Pensando como ator, o Mimi é um prato cheio. Ele ama como os poetas... E quem nunca conheceu uma história de amor assim, de uma pessoa esperar pela outra a vida inteira?!", diz. E Mimi tanto é 'real', que até lhe recorda de uma passagem que viveu a avó de Marcelo, quando ela, ainda menina, fez o coração de um menino de sua rua bater mais forte. Por longos anos. "Minha avó contava que tinha um menino na rua que gostava dela. Chamava-se Romeu, olha que engraçado... Desde pequeno gostou dela. Cresceram, minha avó casou-se com meu avó, o tempo passou e não é que ele, bem velhinho, descobriu o endereço dela e foi em casa? Minha avó continuou não querendo nada com ele, mas ficou envaidecida (risos)", arremata o ator, quem pôde se utilizar de elementos e personagens reais para criar o atrapalhado Mimi.