Redação Publicado em 17/11/2009, às 17h34 - Atualizado às 17h35
No momento do adeus a Mara Manzan, os amigos como Susana Vieira (67) a homenagearam com a música O Que É o Que É?, de Gonzaguinha (1945-1991). Segundo os presentes no velório no Memorial do Carmo, Rio, o refrão 'viver e não ter a vergonha de ser feliz', entoado também pela única filha da atriz, Tathi Annie Manzan (34), reflete a alegria e o alto-altral que marcaram os 57 anos de vida dela, morta na sexta-feira, 13, vítima de falência pulmonar. "Ela era muito amor! Sempre fomos iguais em tudo, na força, na alegria. E agora ela se vai. Vai com Deus, minha amiga", disse, emocionada, Susana. Na companhia do namorado, o ator Sandro Pedroso (25), ela apoiou a família da atriz, mesmo ainda abalada com a morte do pai, Marius Vieira, no domingo, 8. "Perdi dois anjinhos da minha vida", completou.
Colegas como a autora Glória Perez (60), o diretor Wolf Maya (56) e os atores Marília Pêra (66) e Anderson Müller (39) também foram se despedir da atriz, que teve o corpo cremado, no sábado, 14. "Ela foi realmente uma das pessoas mais originais que eu conheci", comentou Wolf. Acompanhada do marido, o ator José Marcondes (31), e do pai, o músico Rufino Lomba Neto (60), com quem Mara foi casada por seis anos, Tathi agradeceu o carinho. "Obrigada à imprensa, aos amigos e a todos que, mesmo sabendo do problema de saúde da minha mãe, sempre deram a maior força a ela", afirmou.
A luta de Mara contra o câncer de pulmão começou em 2008. Em abril, ela chegou a ser operada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para a retirada de um nódulo. Em entrevista à CARAS após a cirurgia fez um desabafo. "Me diverti nessa vida. Mas tenho que colher o que plantei. Uma das coisas foi a burrice de ter fumado durante 40 anos", afirmou, na época.
Papéis Marcantes e muitos 'flashes'
A carreira de Mara Manzan, iniciada aos 17 anos no Teatro Oficina, em SP, é marcada por êxitos: atuou em 30 peças, fez cinco filmes e participou de 14 novelas, entre elas América, Senhora do Destino e Caminho das Índias, seu último trabalho, finalizado em setembro. Como a Odete de O Clone, ela transformou o bordão 'cada mergulho é um flash' em sucesso nacional. Ao longo dos anos, Mara também fez aulas de circo, especializando-se em pirofagia, arte de cuspir fogo. "O fato de a gente ter direito à vida já é o suficiente para viver sorrindo", postou ela em seu blog, pela última vez, em 5 de outubro.
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