João Havelange: honra ao mérito

Homenageado do Camarote CARAS no sambódromo do Rio, cujo tema este ano foi a Copa do Mundo, o dirigente esportivo João Havelange (93), por conta de seu importante posto, não pôde conferir ao vivo a animação do espaço vip da revista, onde celebridades assistiram aos desfiles das escolas do carnaval carioca. Membro de honra do Comitê Olímpico Inter nacional, COI, Havelange tinha na data viagem marcada para Vancouver, onde participou da cerimônia de abertura da 21ª edição dos Jogos Olímpicos de Inverno. Antes de partir, aceitou tributo da Editora CARAS, honraria recebida em seu gabinete, na Avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro. Figura das mais expressivas do cenário esportivo nas últimas cinco décadas, o carioca nascido Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange, filho de pai belga e mãe brasileira, foi eleito em 1999, segundo pesquisa do COI, um dos três maiores dirigentes esportivos do século, ao lado do francês Pierre de Frédy (1863-1937), o Barão de Coubertin, criador dos Jogos Olímpicos, e do catalão Juan Antonio Samaranch (89), um dos sete ex-presidentes do COI, que tem Havelange em seus quadros desde 1963. Advogado por formação, amante e praticante da natação e do pólo aquático - ele foi vice-campeão panamericano de pólo e competiu nas Olimpíadas de 1952, em Helsinque, Finlândia, neste esporte, e nas de 1936, em Berlim, Alemanha, no nado -, Havelange está envolvido com o Comitê Olímpico Brasileiro desde 1955. De 1974 a 1998, foi presidente da Federação Inter nacional de Futebol, Fifa, que o tem como presidente de honra e cuja irrepreensível gestão só ajudou a reverberar no mundo a sua importância no universo esportivo.