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Homem pode ajudar a mulher a encontrar prazer na vida sexual

Redação Publicado em 29/05/2012, às 12h23 - Atualizado às 12h26

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A sensualidade traz vitalidade e equilíbrio à vida e, com o avanço das técnicas de controle da natalidade, a relação sexual deixou de ser um ato puramente reprodutivo para se tornar uma fonte de prazer. Surpreende, portanto, que muitas mulheres ainda se queixem de não conseguirem ter orgasmos. E que algumas, mesmo já tendo filhos e anos de experiência, aleguem nunca ter sentido prazer com os seus parceiros.

Uma pequena parte dessas mulheres pode ter um problema físico, como vaginismo (quando os músculos da vagina se contraem durante a relação, causando dor), desequilíbrios hormonais, ou outras dificuldades, resultantes do uso de drogas, de álcool, ou mesmo da depressão. Para elas, uma consulta ao ginecologista e cuidados específicos podem dar bons resultados. Mas a maioria tem problemas psicológicos, ligados à falta de conhecimento do próprio corpo, à baixa autoestima e à repressão sofrida ao longo da vida.

Na adolescência, é comum que os meninos se masturbem e aprendam a sentir prazer. Com as meninas é diferente. Muitas nunca se masturbaram. Quando têm a primeira relação sexual, desconhecem totalmente o prazer. Nunca o sentiram sozinhas ou mesmo com uma amiga, o que seria natural e necessário como preparação para uma sexualidade saudável.

O prazer do sexo, especialmente para essas mulheres, vai depender muito da sensibilidade do homem. Ele precisa pensar nela e não ser egoísta. Precisa considerar que vai ser muito melhor também para ele se ela tiver prazer. Precisa perceber que vale a pena ser carinhoso e explorar os pontos erógenos dela — que não se limitam ao clitóris e à vagina —, que na relação sexual, beijos demorados, abraços e carinho podem ser tão ou mais importantes que a penetração.

Muitas mulheres se queixam de que os homens só são carinhosos até o momento de levá-las para a cama. Para a maioria delas, porém, desejo sempre terá a ver com romance, conquista, sedução. Um telefonema, uma brincadeira, uma demonstração de ternura podem ser mais eróticas do que simplesmente agarrar a mulher e levá-la para a cama. Durante os carinhos, é bom que eles saibam, o corpo produz oxitocina, que ajuda a relaxar e prepara o corpo para o prazer.

Da parte da mulher, a autoestima é fundamental.  Se sente vergonha ou se acha feia, se está preocupada ou o marido faz críticas ao seu corpo, ao seu desempenho, se há muitas brigas, tudo pode contribuir para estragar esse momento delicado. Sentimentos não compartilhados, mágoas e rotina também podem influenciar aquelas que têm dificuldade nessa área.

Para melhorar ou resolver o problema, ela precisa, antes de mais nada, explorar o próprio corpo e descobrir como sente mais prazer, até conseguir chegar ao orgasmo sozinha. Então poderá mostrar ao parceiro o que fazer.

O maior medo do homem é falhar. Ele gosta de dar prazer e se sente frustrado se não o consegue. Bem melhor que fingir um orgasmo, portanto, é a mulher compartilhar com o parceiro sua dificuldade, e ajudá-lo a ajudá-la. A sós com o companheiro, tudo vale, desde que os dois queiram. Fantasias e brincadeiras ajudam os dois a vencer a repressão e a se soltar. E, afinal, como disse o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), “o que se passa na cama/ é segredo de quem ama”.