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Haute Couture Fall 2010: Dior

La Maison de volta às origens

por <b>Bia Paes de Barros</b> Publicado em 01/09/2009, às 12h21 - Atualizado em 02/09/2009, às 13h13

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Cores intensas, nude e modelagens extravagantes para a sua lingerie collection. - MARCIO MADEIRA
Cores intensas, nude e modelagens extravagantes para a sua lingerie collection. - MARCIO MADEIRA
Enquanto todas as marcas desta temporada tentam deixar as suas coleções de alta costura próximas da vida real, o extravagante John Galliano não parece preocupar-se muito com isso. Inspirado nos bastidores de uma sessão de fotos, ele desenvolve a sua lingerie collection. Para o estilista, este é o momento de resgatar as raízes que fizeram da Maison Dior uma das marcas mais elegantes do mundo. Apesar da boa intenção, o desfile nos faz lembrar alguma apresentação da década de 1950. Inovação só mesmo na forma de dispor os modelos na passarela: metade peças inteiras, metade lingeries à mostra. Algumas modelagens também continuam atuais, como as peplum jackets - aquelas com cinturinhas bem marcadas e volumes nos quadris. Para acompanhar estes tops, as saias-lápis ainda são a melhor escolha. Outra tendência que pelo visto continuará para o próximo inverno é o mix de tons fortes com o nude. O neutro mais hype do momento vem com amarelo, preto e fúcsia (boa aposta para quem não dispensa uma cor intensa). Como um bom embaixador do estilo elegante/sexy, o estilista continua com as estampas de bicho, seja do tailleur, seja nos acessórios. E, por falar neles, a bolsinha Dior de phyton tem cores neutras e ferragens discretas. Já os sapatos são altíssimos e ganham detalhes de cetim imitando alcinhas de sutiã. Referências às lingeries estão por toda parte. Nos corsets usados com saias amplas ou, simplesmente, no barrado de renda à mostra. Os decotes ganham assimetrias em camadas enfeitando o colo com maestria e o tomara-que-caia vem em forma de coração. Bordados de flores se misturam às pedrarias, reforçando a atmosfera vintage do desfile. Apesar deste jeitão de figurino de época, Galliano prova mais uma vez o seu domínio sobre o que deseja fazer com um pedaço de pano. Pode-se dizer até que sua memória criativa esteja no passado, mas a mensagem é atual. Voltar às origens é sempre um bom pretexto para reforçar o poder de uma marca.