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Geisy: 'Tenho facilidade para fazer rir'

Segunda eliminada de 'A Fazenda', da Record, Geisy Arruda conta sua experiência no reality show e diz que tudo foi muito intenso e diz que gostou de fazer humor

<i>por Aline Vessoni</i><br><br> Publicado em 20/10/2010, às 17h30 - Atualizado em 21/10/2010, às 16h55

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Geisy Arruda - EDU MORAES/RECORD
Geisy Arruda - EDU MORAES/RECORD
Uma estudante de Turismo como qualquer outra. Talvez um pouco mais vaidosa e extravagante que as outras, mas até aí nenhuma novidade. Um belo dia Geisy Vila Nova Arruda resolveu ousar um pouco mais no modelito e apareceu no estabelecimento de ensino com um vestido bem curto. A roupa poderia gerar comentários, que ficassem nas rodinhas de amigos. O fato é que o look escolhido para aquele dia de aula gerou uma 'revolução' na faculdade e Geisy foi insultada por uma quantidade absurda de alunos que lotavam cerca de três andares do prédio. Ela sentiu muito medo e teve de ser escoltada pela polícia para deixar o local. Pronto, Geisy ficou conhecida nacionalmente. Ela, no entanto, acredita que isso não aconteceu pelo vestido; a notícia se espalhou porque denunciava um caso de preconceito e machismo. E a repercussão do caso foi positiva, no final das contas, para que a sociedade pudesse repensar o papel da mulher, segundo a estudante. Além disso, o caminho 'tortuoso' fez de Geisy empresária de uma grife de roupas e também a levou à terceira edição do reality show A Fazenda, da Record. Veja abaixo trechos da entrevista: - Como surgiu o convite para participar de A Fazenda? - O convite surgiu há alguns meses e foi aceito na mesma hora! Participar deste projeto é, para mim, uma grande honra e experiência de vida. O mais difícil foi tentar esconder da mídia minha participação no programa, mas, sem sombra de dúvidas, transformou a minha vida para melhor. - Como você avalia sua participação? Achou difícil conviver com pessoas completamente diferentes de você? - Minha participação foi rápida, porém muito intensa. Senti amor, ódio, raiva, medo e atração, entre muitos outros sentimentos. Mas conviver com pessoas com personalidades totalmente diferentes, para mim, foi o mais difícil, pois senti um pouco de rejeição e preconceito por parte de alguns participantes. Em compensação, conquistei cinco grandes amigos que levarei pelo resto da vida: Tico Santo Cruz, Luiza Gottschalk, Sérgio Abreu, Carlos Carrasco e Monique Evans. - Você falou em atração... Quem foi o sortudo? - Os homens lá dentro eram muito bonitos. A gente se sente muito sozinha e carente. Mas não teve ninguém especificamente. - Quem foi a pessoa com a qual você mais se identificou na casa? - Com o Tico, pois no começo tivemos uma discussão, já que fui a última a ser escolhida para os grupos, o que me deixou muito chateada. Em compensação, fui para o grupo Ovelha, liderado pelo Tico e, com a necessidade de convivermos, aprendi a gostar e a respeitar as nossas diferenças. Descobri que ele só tem cara de bravo, mas tem um coração enorme. - Você ficou conhecida na casa por suas pérolas. Você se considera divertida? Ou se sentia ofendida quando alguém ria de você lá dentro? - Descobri lá dentro que tenho facilidade para fazer as pessoas rirem e eu não sabia que fazer humor era tão divertido. Dentre tantas brigas que aconteceram lá, fico feliz em saber que pude proporcionar momentos de alegria ao grupo. - Você afirmou que não esperava sair tão cedo da casa. Ficou decepcionada por ser a segunda eliminada do reality show? - Fiquei muito decepcionada, em estado de choque, ao saber da notícia, pois queria muito ter ficado mais tempo e ajudado meu grupo. Aprendi a amar e a respeitar os animais e gostaria de ter tido mais tempo com eles. - Você fazia planos com o dinheiro que ganharia no programa? E agora, quais são os planos para o futuro? - Meus planos sempre foram proporcionar melhores condições de vida para mim e para minha família. Poder dar aos meus pais tudo aquilo que eles não tiveram e recompensar todo o esforço para a minha educação. Os planos para o futuro continuam praticamente os mesmos. Pretendo conseguir isso investindo na minha carreira de empresária com a minha marca de roupas e continuar os meus projetos na área artística. - Você ficou famosa por conta de um vestido. Você imaginava que uma simples vestimenta do dia a dia mudaria tanto a sua vida? - Não acredito que tenha sido somente o vestido, mas sim a reação de preconceito que os alunos tiveram em relação a mim. Esse fato dividiu opiniões e chamou atenção da sociedade para problemas sociais como o bullying no Brasil. - Naquele dia, como você ficou? - Senti muito medo e imaginei que não conseguiria sair viva de dentro da universidade. - E hoje, avalia a repercussão como positiva? - Sim, meu caso serviu de exemplo para que a mulher continue tendo seu espaço na sociedade e seja respeitada, usando ou não um vestido curto. - Antes você tinha o objetivo de se formar e exercer a carreira ou sempre sonhou em fazer sucesso na TV e ser uma pessoa pública? - Nunca passou pela minha cabeça ser uma pessoa pública até porque venho de uma família humilde. Tudo aconteceu muito de repente e hoje estou colhendo os frutos da ignorância de alguns universitários. - Você se considera uma pessoa vaidosa? - Vaidosa ao extremo. Sou extremamente exibicionista desde pequena. Estar bem e me sentir bonita para mim é essencial. - Quais são seus cuidados diários com a beleza? - Eu gosto muito de hidratantes para o corpo, protetor solar, faço esfoliação corporal semanalmente e limpeza de pele.