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Filtro solar todos os dias é a melhor arma no combate ao câncer de pele

por <b>Soraia Aracele Lozano</b>* Publicado em 02/11/2009, às 01h31

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É só por esta época do ano, quando o sol começa a brilhar mais forte, que a maior parte das pessoas se lembra do filtro solar. Não deveria ser assim. O uso diário de protetores e bloqueadores solares ainda é a forma mais eficaz de prevenção contra o câncer de pele - tumor maligno mais frequente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Assim como todos os cânceres, o de pele é uma multiplicação anormal e descontrolada das células. Sua principal causa é a exposição sem proteção aos raios ultravioletas A e B, emitidos pelo Sol. Até recentemente pensava-se que só os UVB - mais intensos no verão e entre 10 e 16 horas - causavam tumores, mas já se sabe que os UVA - também provocam a doença, pois podem atingir camadas mais profundas da pele. Por isso, sessões de bronzeamento artificial, mesmo em câmaras que emitem só raios UVA, são perigosas. Pessoas de pele, cabelos e olhos claros têm pouca melanina, pigmento que dá cor à pele e a protege das radiações, e, por isso, estão mais sujeitas à doença. Mas morenos e negros não estão imunes. Ela pode afetar qualquer um, em especial após os 40 anos. Embora haja vários tipos de tumor de pele, cerca de 80% dos casos são de epiteliomas basocelular e espinocelular. Ambos podem aparecer como uma verruga ou ferida que não cicatriza, em regiões expostas, como rosto, orelha, braços e mãos. O basocelular é menos maléfico, embora possa se aprofundar e atingir cartilagens, músculos e ossos. Já o espinocelular, além dessas alterações, pode provocar metástase, ou seja, se espalhar, afetando outros órgãos. Como são visíveis, seu diagnóstico costuma ser precoce, o que garante alto índice de cura. Outro tipo, o melanoma, é menos frequente (4% dos casos), mas merece atenção, por provocar mais facilmente metástase e por ser sorrateiro: muitas vezes surge na forma de uma pinta, em locais expostos ou não (planta dos pés, palma das mãos, área genital), ou mesmo como uma simples mancha na unha. Só um dermatologista é capaz de avaliar se uma ferida, mancha ou pinta é ou não um tumor maligno, por meio de exames clínicos e de biópsia, se for necessária a avaliação microscópica da lesão. Mas, para identificar o melanoma o quanto antes, recomenda-se o autoexame das pintas, baseado na regra ABCD, que indica os aspectos suspeitos: A de assimetria; B de bordas irregulares; C de cor (tem mais de uma, indo do preto ao castanho avermelhado); e D de dimensão (tem mais de 6 milímetros). O tratamento depende do tipo de tumor e da área afetada. Muitos casos se resolvem com retirada cirúrgica ou aplicação de substâncias que destroem a lesão. Se a cartilagem ou os ossos da face são atingidos, pode ser indicada uma cirurgia estética reparadora e ainda quimioterapia. O ideal, de qualquer modo, é prevenir. Todas as pessoas, de todas as idades e cor de pele, devem usar diariamente um protetor solar com, no mínimo, o fator (FPS) 15, que já oferece 94% de proteção contra os raios solares. O produto deve ser reaplicado a cada duas horas e após transpiração abundante ou entradas na água. E isso vale para qualquer estação do ano. Pesquisas já provaram que crianças acostumadas a usar protetor solar desde cedo têm risco até 80% menor de desenvolver câncer de pele na vida adulta. E então, não vale a pena adquirir esse hábito?