Felipe Haiut faz sucesso como o Ziggy de 'Malhação', mas fora das telinhas ele se engaja em projetos sociais e criou a 'Conexão do Bem' ao lado de colegas de elenco
Redação Publicado em 09/12/2011, às 11h00 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43
Felipe Haiut (24), o Ziggy de Malhação, é do tipo de pessoa que está sempre se envolvendo em um projeto voluntário e acaba ‘contaminando’ as pessoas com sua vontade. Com seus colegas de elenco, o ator criou o Conexão do Bem, um projeto que reúne atores da novela para visitar hospitais e crianças doentes.
“O Conexão do Bem surgiu num papo durante o intervalo de gravação. O elenco se animou em usar o tempo livre e se voluntariar em algum projeto”, contou o ator, em entrevista à CARAS Online. A primeira visita do grupo foi feita aos pacientes do HemoRio, em outubro. “Levamos balões, brinquedos, lápis de cor... A gente saiu muito agradecido pela oportunidade de passar uma tarde lá, foi muito divertido. A idéia do projeto é ser voluntario, onde quer que seja e onde for preciso, e fazer também que mais pessoas façam o mesmo”, disse.
A vontade de se engajar em projetos solidários acompanha Felipe desde sempre. Quando tinha 18 anos, ele foi morar em Israel para pesquisar sobre educação não-formal e fazer trabalhos sociais. “Era a chance de conhecer uma nova cultura, aprender um novo idioma e amadurecer”, declarou o ator, que é judeu e sempre teve vontade de conhecer o país.
Em Israel, Felipe foi morar em um kibutz – uma forma de vida comunitária da cultura judaica. “Aprendi a viver com o básico. A vida é muito simples num kibutz e as ambições não são voltadas para se ganhar dinheiro. Eu comecei a dar valor a coisas que antes me pareciam banais. Eu me lembro que eu ficava ansioso, por exemplo, para tomar suco de laranja no café da manhã ou com o dia em que a piscina estaria liberada para ser usada. O tempo tinha outro valor. Foi um período de reflexão e autoconhecimento”, lembrou.
Foi nesta experiência em Israel, mais especificamente no deserto do Negev, que Felipe criou o ‘teatro delivery’ com alguns amigos brasileiros que moravam com ele. “Quando não estávamos trabalhando ou estudando, ficávamos fazendo improvisações no quintal de casa. Eu me lembrava dos exercícios do Tablado e passava para eles. Com isso, sempre surgia um esquete. Durante o Shabat (dia do descanso semanal no judaísmo) passávamos pelas casas da vizinhança e apresentávamos uma cena”, contou.
Feliz com seu trabalho em Malhação, Felipe só lamenta não ter mais tempo para levar seus projetos sociais a diante. “Eu gostaria de estar fazendo mais. Com a correria das gravações não estou conseguindo conciliar. Mas juntar trabalho social com teatro dá sentido a escolha que eu fiz como profissão. Eu aprendo muito sempre e a troca é imediata. É fazer pelo prazer de fazer teatro, de se comunicar e trocar”, disse.
