por <b>Deonísio da Silva</b>* Publicado em 18/01/2010, às 17h01 - Atualizado em 20/01/2010, às 02h41
Avatar: do sânscrito avatara, descida (do Céu à Terra), reencarnação. As grandes religiões têm certos padrões, começando pela região da Terra em que surgiram. Judaísmo, cristianismo, budismo e islamismo, as quatro maiores, têm seus respectivos berços no Oriente. No budismo, avatar indica a crença segundo a qual um ser divino desce ao mundo, materializando-se, como é o caso de Krishna e Rama, avatares do deus Vixnu. Em outras religiões, esses avatares podem assumir forma de homem ou de animal, assemelhando-se nesse particular a certas deidades da Grécia Antiga. No caso dos judeus, a crença é no messias, aceito como já vindo pelos cristãos, na pessoa de Jesus Cristo (entre 4 e 7 a.C.-29 e 26 d.C.). No caso do islamismo, não há um avatar específico, dada a simplicidade dessa religião, baseada em apenas seis crenças: em Alá, como deus único; nos anjos; nos Livros Sagrados, o principal dos quais é o Alcorão; nos profetas enviados à humanidade, dos quais o último e mais importante foi Maomé (570-632); no destino, pois tudo está escrito e Deus já sabe o que vai acontecer a cada pessoa; e no Juízo Final. Avatar é o título do filme de maior bilheteria da história. Em cerca de um mês de exibição já havia faturado mais de 1 bilhão de dólares. É dirigido por James Cameron (54).
Estagiário: de adaptação do francês stagiaire, estagiário, palavra registrada em 1823 pelo lexicógrafo francês Pierre-Claude-Victor Boiste (1765-1824), editor do Dicionário Universal da Língua Francesa. No francês, derivou de stage, estágio, radicado no latim medieval stagium, permanência, ligado a stare, estar, ficar. Os estagiários trabalham em empresas e repartições, sob a orientação de experimentados profissionais, com o fim de exercitar aos poucos o saber adquirido na universidade. Há empresas e entidades que se tornaram referência para estagiários em diversas áreas, como é o caso, no Direito, do Departamento Jurídico do Centro Acadêmico XI de Agosto, do Faculdade de Direito da USP, onde foi estagiário o mais recente dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli (42). Ele está entre Os 100 Brasileiros mais Influentes de 2009, relação feita pela revista Época.
Iorubá: do iourubá youruba, iouruba ou iourubá, designando língua e povo africano dotado de instituições políticas avançadas e de aptidões comerciais que fascinaram os europeus. Trazidos para o
Brasil como escravos, muitos receberam a denominação de nagôs. Seus costumes foram estudados pelo poeta, historiador e ensaíasta piauiense Alberto da Costa e Silva (78), que em A Enxada e a Lança escreve: "O iorubano, o edo, o igala, o idoma, o ibo, o ijó, o nupê, o ebira e o gbari - línguas da subfamília cua da família níger-congo - teriam, com efeito, começado a diferenciar-se há muitíssimo tempo."
Ojá: do iorubá 'ja, faixa de pano que as mulheres usavam originalmente na cintura ou para levar os filhos às costas. Dito e escrito ojá, passou depois a designar turbante, utilizado inicialmente nos rituais do candomblé e em cultos a ele associados, e depois transformado em item do vestuário comum. Por força da paranoia dos embarques nos aeroportos, o passageiro que estiver com turbante infelizmente já entra no grupo de suspeitos.
Papanicolau: do nome do médico grego Geórgios Papanicolaou (1883-1962), designando exame ginecológico que tem o fim de prevenir o câncer no colo do útero. Os dicionários Houaiss, Aurélio e Michaelis não o registram, mas a palavra funciona na língua portuguesa como substantivo e adjetivo, tal como reconhece o dicionário Aulete Digital. O exame é feito para coleta de material do útero, depois colocado numa lâmina para ser analisado ao microscópio por um patologista.
Vespa: do latim vespa, vespa, designando grande família de insetos com ferrão no abdome, como marimbondo, conhecidos pelo zumbido típico. Com barulho e jeito de inseto, vespa designa também uma motoneta que surgiu na Itália, logo depois da II Guerra Mundial. O veículo aumentou sua popularidade na década seguinte, quando apareceu no filme A Princesa e o Plebeu, do diretor William Wyler (1902-1981), com os atores Audrey Hepburn (1929-1993) e Gregory Peck (1916-2003) nos papéis principais.
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