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Etimologia

Redação Publicado em 02/10/2012, às 13h02 - Atualizado às 13h05

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Atendente: de atender, do latim attendere, dar attentione, declinação de attentio, atenção. Designa profissional que recebe e provê o que o cliente busca. Nos bares, o atendente por detrás do balcão é o bartender, formado de bar, bar, e tender, aquele que atende aos fregueses. A etimologia remota é o Latim barra, pois o bar assemelhase neste particular aos tribunais e a outros lugares que mantêm separados o atendente de quem é atendido, mediante barras, em geral de madeira, e o Latim tendere, estender, também com o sentido de apresentar, oferecer. O bartender diferencia-se dos garçons porque, ao contrário deles, não atende os clientes nas mesas, fica atrás do balcão, aviando ou inventando receitas de drinques ou coquetéis.

Bina: de B identifica A, sigla criada pelo brasileiro Nélio José Nicolai (72) para o dispositivo eletrônico inventado por ele em 1977 para identificar chamadas telefônicas. De tanto insistir para que o departamento jurídico da empresa telefônica onde então trabalhava providenciasse a patente do seu engenho, foi demitido. Passou a lutar sozinho pelo reconhecimento, no Judiciário. O resultado da sentença saiu em 2012, quando o prazo da patente, 20 anos, já tinha vencido. Ainda assim, ele vai receber 25% do que faturaram no período as operadoras que usaram seu invento nos telefones, à base de 10 reais por mês de cada assinante. O Brasil tem 256 milhões de celulares, o que dá um faturamento de 2,56 bilhões de reais mensais.

Clarissa: do latim eclesiástico clarissa pelo francês clarisse, radicados no nome de Chiara d’Offreducci, mais conhecida por Santa Clara (1194-1253), para designar a freira da ordem feminina equivalente à dos franciscanos. Como Francesco (1181-1226), nome substituído de Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis, a quem seguiu, também era de família rica, que ficou inconformada. Porém mais tarde também a irmã Inês e a mãe, Beatriz, seguiram seus passos e foram morar com ela no convento. Os corpos dos dois fundadores estão conservados em Assis, onde nasceram, e são visitados por milhares de peregrinos. Embora cadáveres incorruptos, não embalsamados, sejam mistério, nem todos foram declarados santos. Também o cadáver do poeta português Fernando Pessoa (1888-1935) foi encontrado 50 anos depois com a mesma aparência de quando foi sepultado.

Franciscano: do frâncico frank, livre, pelo francês franc, e o latim francus, nome de um povo da Germânia que invadiu o norte da Gália, atual França. O étimo está presente em zona franca, isto é, região livre de impostos; em entrada franca, isto é, pode entrar sem pagar; em franquia: de comércio, de bagagem, de correspondência e outros. Franciscano designa o que diz respeito a Francisco, Francesco em italiano. Após uma vida na farra, rompeu com o pai, comerciante de tecidos, e fundou a Ordem dos Mendicantes, também conhecidos como franciscanos, em homenagem ao fundador, e capuchinhos, pelo tipo de hábito, com capuz. A troca de João (Giovanni) por Francisco (Francesco) deu-se porque o pai, em viagem quando a criança nasceu, ao voltar mudou o nome que a mãe lhe dera. Em meio a dificuldades de parto, ele nasceu no estábulo, para onde sua mãe foi levada por conselho de um mendigo que batera à porta.

Mendigar: do Latim mendicare, pedir eelemosyna, esmola, palavra de origem grega. Outras línguas neolatinas atestam o étimo primordial, o Latim mendum, defeito físico, porque os primeiros mendigos estavam autorizados a praticar a mendicância por serem mutilados de guerra, terem sofrido acidentes de trabalho ou serem aleijados de nascença, expressão abolida pela linguagem tida por politicamente correta. No Italiano é mendicare e no Francês mendier, mas o Espanhol manteve em limosnear o étimo do que é pedido, limosna, esmola, embora use também mendigo para limosnero e mendigar para limosnear.

Ronronar: da onomatopeia ronrom, rumor que faz a traqueia do gato quando acariciado ou descansando despreocupado. Segundo o biólogo Guilherme Domenichelli, do Zoológico de São Paulo, os pequenos felinos ronronam para expressar sentimentos. O ronrom é produzido pela vibração de um osso da garganta chamado hioide. Os grandes felinos não miam nem ronronam, rugem apenas.