CREME DE PEQUI
O fruto do pequizeiro (Caryocar brasiliense e outras), árvore nativa do norte dos Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, é conhecido como o rei do cerrado, tal o seu valor como alimento. É usado in natura ou na forma de subprodutos como polpa congelada, em conserva ou creme, óleos para uso culinário, licor, farinha, sabão e cosméticos. No Parque Indígena do Xingu (MT), representa uma reserva alimentar para a época das chuvas, quando a caça e a pesca escasseiam. Para conservar a polpa por vários meses, os índios a embrulham em folhas e a guardam em cestos, no fundo dos igarapés. A fruta é também conhecida como piqui, piquiá, amêndoa-de-espinho, grão-pequiá, suari e pequerim, entre outros nomes, quase todos derivados do tupi py e qui (casca e espinho). É que ele tem a semente coberta de espinhos finos - por isso, deve ser degustado com cuidado, apenas roendo-se a polpa que recobre a semente. Os subprodutos permitem seu consumo no período de entressafra - a coleta só ocorre entre novembro e fevereiro - e por moradores das regiões do Brasil onde o pequi in natura não chega (depois de maduro, ele não dura mais do que três dias). O creme é feito com a polpa do pequi cozido, batida com água e sal, além de algum aditivo, e conserva quase integralmente o aroma complexo, perfumado e ácido, que lembra o do maracujá. Fica ótimo em molhos, no purê de batata, em carnes, sopas, tortas e pães, além de ensopados de frango e risotos. Quem tem acesso à fruta fresca pode preparar o creme sem sal, ingrediente mais versátil, que entra também em doces. Veja receitas clicando nas imagens abaixo: Receitas, produção e estilismo culinário: Maria Luiza de Brito Ctenas. Pesquisa de texto e informações nutricionais: Neide Rigo, nutricionista.
É ruim para Ser consumido em excesso, pois em grande quantidade a vitamina A se torna tóxica; e quem tem colesterol alto ou está de regime, porque contém muita gordura. É bom para A saúde da pele e da mucosa e prevenir o ressecamento da córnea e da conjuntiva, uma vez que é boa fonte de betacaroteno, precursor da vitamina A.
100 g de creme de pequi caseiro contêm: Calorias - 84,7 Proteínas - 0,714 g Carboidratos - 4,73 g Gorduras - 7 g Carotenóides - 14 000 RE Vitamina B1 - 0,021 mg Vitamina B2 - 0,032 mg Vitamina C - 8,4 mg Cálcio - 5,27 mg Ferro - 0,079 mg Fósforo - 0,147 mg Sódio - 1067 mg
Produto novo, ainda não está disponível em qualquer supermercado. É mais comum nas regiões produtoras de pequi ou nos grandes centros, em mercados municipais, casas do Norte ou empórios de produtos regionais. Verifique o prazo de validade. Observe se a tampa do vidro não está enferrujada ou estufada e confira se há, no rótulo, nome e endereço do fabricante. Apesar de durar até 3 anos, prefira os mais novos, pois as condições de transporte e armazenagem podem contribuir para alterar suas características. O creme deve ser amarelo escuro. Se achar pequis frescos, tire a casca e guarde as sementes no freezer até a hora de usar.
Experimente-o no purê de batata ou como tempero nos recheios de massas, especialmente os de frango e palmito. No arroz, basta adicioná-lo à água do cozimento. Na massa de pão, pode substituir um pouco da água. Para prepará-lo em casa, retire a casca da fruta. Separe as sementes. Cozinhe-as em água por 30 minutos, ou até a superfície ficar bem macia. Espere esfriar (reserve a água) e raspe com uma colher a polpa macia, cuidando para não atingir os espinhos. Bata a polpa no liquidificador, adicionando parte da água do cozimento aos poucos â¬" para cada 100 g de polpa, cerca de 50 ml de água.
Leonardo (cantor) Adoro galinhada com pequi. E é fácil de preparar. Corte um frango pequeno pelas juntas. Tempere com sal. Refogue em um pouco de óleo até que todos os pedaços fiquem dourados. Reserve. Numa panela maior, frite uma cebola média picada e 2 alhos socados em 2 colheres (sopa) de óleo. Junte 2 xícaras de arroz . Mexa. Refogue um pouco, mexendo. Acrescente os pedaços de frango, 1/2 xícara de creme de pequi, 2 colheres (chá) de sal e 1/2 colher (sopa) de açafrão-da-terra em pó. Ponha 4 xícaras de água quente e, quando ferver, prove para ver se está boa de sal (se não, corrija). Abaixe o fogo. Tampe a panela. Deixe cozinhar até a água secar e o arroz ficar macio e molhadinho. Espalhe cebolinha picada por cima. Está pronto. Às vezes, no fim, junto um pouco de milho verde cozido.