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A 'terapia' de Cibele Dorsa após tragédia

Para esquecer a tragédia envolvendo o suicídio do noivo, Gilberto Scarpa, Cibele Dorsa se dedica a trabalho intenso no teatro, ensaiando até seis horas por dia, para viver uma princesa nos palcos

Redação Publicado em 17/02/2011, às 19h32 - Atualizado às 19h46

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PING-PONG: Cibele Dorsa reavalia amizades... - Arquivo Caras
PING-PONG: Cibele Dorsa reavalia amizades... - Arquivo Caras
É difícil esquecer uma tragédia como a que arrebatou Cibele Dorsa às vésperas de seus planos de casamento com o apresentador Gilberto Scarpa, que se suicidou jogando-se do sétimo andar do prédio em que vivia com a atriz e escritora, em São Paulo, no dia 30 de janeiro. Sem chão, Cibele tenta se restabelecer na vida colocando em primeiro plano seus filhos (Viviane, 11 anos, e Fernando, 14 anos) e um trabalho intenso no teatro, no qual mergulhou de cabeça para esquecer as cenas que presenciou do suicídio do amado. "Sinto que o trabalho está me levantando, sabe? Quando estou no palco, esqueço de tudo. Passo horas ensaiando, decorando texto, e isso está me fazendo muito bem", contou ao Portal CARAS a artista que estreia peça infantil no próximo dia 19. Em As Princesas do Castelo Encantado, Cibele interpreta a clássica Bela Adormecida dos contos da Disney. É com essa personagem que a moça está enfrentando os dias difíceis sem o amado ao seu lado. "Subir ao palco vestida de princesa está ajudando a suavizar meu luto. Sinto uma energia gostosa, que troco com as crianças. É a melhor terapia que estou fazendo", complementou. A dedicação e a coragem de Cibele chegou a emocionar o diretor do espetáculo, Ronaldo Ciambroni. "Ronaldo me elogiou muito pela minha força. Ele disse que eu sou a guerreira dele e que fazer isso lindamente, depois de tudo que aconteceu comigo, é uma prova de força", contou a atriz. Os planos para o teatro não vão se limitar somente a As Princesas do Castelo Encantado. Como forma de homenagear o falecido noivo, Cibele vai colocar na praça dois projetos para os palcos que estão diretamente ligados ao Gilberto. Um deles é Homens no Bolso - baseado em livro escrito por ela, que já estava sendo escrito antes do suicídio. "Gilberto atuaria comigo nessa peça, portanto, resolvi transformá-la em um monólogo. Não quero ninguém no lugar dele, será somente eu no palco. No final, quero homenageá-lo, e vou dizer assim: 'Essa peça é em homenagem ao meu noivo, Gilberto Scarpa, que deveria estar aqui no palco comigo, mas tenho certeza que ele está aí na plateia'", adiantou Cibele para o Portal. Antes mesmo de Homens no Bolso chegar em circuito, ela quer transformar em espetáculo um texto escrito pelo próprio Scarpa, em parceria com a noiva, antes de sua trágica morte. "Tenho o roteiro desse projeto, chamado 'Édipo e Jocasta', escrito com a letra dele ainda", detalhou.