Originário da América do Sul, o cajueiro é uma das árvores mais importantes do Nordeste.
Originário da América do Sul, o cajueiro (Anacardium occidentale) é uma das árvores frutíferas mais importantes do Nordeste. O fruto divide-se em duas partes: uma é o caju que se come como fruta e a outra, a castanha. Mais nutritiva e energética do que o fruto, a castanha tem elevado teor de proteínas e vitaminas. No caju novo, a castanha verde é bem desenvolvida, de consistência macia e sabor peculiar. À medida que o caju cresce e amadurece, ela se atrofia. Nesse estágio, é chamada maturi, usada no Nordeste em frigideiras e moquecas. Depois de separada do fruto, a castanha madura é torrada em chapa de metal. A castanha torrada encontrada no mercado, mesmo a orgânica, passa ainda por fritura em óleo vegetal, que a deixa crocante e com a cor amarronzada. Como a castanha de caju é um item importante de exportação, a demanda pelo tipo orgânico vem crescendo, por isso a maioria vai para o exterior. Os alimentos orgânicos certificados não podem vir de sementes geneticamente modificadas nem receber aplicação de pesticidas ou fertilizantes sintéticos. Têm de ser provenientes também de uma agricultura cuja prática não degrade o ambiente. Não é apenas como tira-gosto que a castanha de caju pode ser consumida. Quando crua, triturada com água quente, se torna um leite usado nos casos de intolerância ao leite de vaca ou como leite de coco em molhos e outros pratos. Já a castanha torrada entra no preparo de receitas de arroz e de recheio para aves. Nas saladas, oferece crocância especial. Na culinária indiana, compõe pratos doces e salgados, como arroz com camarão e recheio de frango.
É ruim para Quem está de olho na balança, pois, principalmente a frita, tem muitas calorias; e pessoas com doenças biliares e pancreáticas, porque contém elevado teor de gorduras. É bom para É bom para Crianças, jovens e esportistas, porque é uma ótima fonte de proteínas e de gorduras, o que faz dela um alimento altamente energético.
100 g de castanhas de caju orgânicas contêm: Niacina - 1,4 mg Folacina - 69,2 mcg Ác. pant. - 1,22 mg Cálcio - 45 mg Cobre - 2,22 mg Ferro - 6 mg Magnésio - 260 mg Fósforo - 490 mg Potássio - 565 mg Selênio - 23,4 mcg Calorias - 574 Proteínas - 15,3 g Carboidratos – 32,7 g Gordura - 46,4 g Fibras - 6,9 g Colesterol - 0 mg Vit. B6 - 0,256 mg
Encontra-se castanha de caju orgânica em supermercados ou casas de produtos naturais embalada em saco plástico ou lata. Se a embalagem permitir, confira a uniformidade e a integridade das castanhas. Rejeite as quebradas, mofadas ou carunchadas. Podem ser também picadinhas. Verifique as condições da embalagem e os dados do produtor. Se forem orgânicas, veja se há na embalagem menção ao órgão certificador. Nem todo produto orgânico é certificado, pois pequenos produtores não têm condições de bancá-lo. Mas confira a procedência e o prazo de validade. Compre as mais frescas, pois contêm gordura e podem ficar rançosas.
A castanha que vem com o fruto deve ser desprezada, pois é perigoso tirar a casca em casa - ela têm uma substância cáustica, inflamável quando aquecida. Castanhas torradas podem ser trituradas e misturadas à farinha de mandioca para preparar farofas salgadas ou paçocas doces. Para fazer manteiga, processe 2 xíc. de castanhas torradas sem sal, 2 col. (sopa) de óleo de canola, sal e 1 col. (sopa) de mel. Junte mais óleo, aos poucos, se preciso para formar uma pasta lisa. Guarde em vidro fechado na geladeira e use em molhos e sanduíches. Se quiser, ponha mais açúcar do que sal e use como manteiga de amendoim.
Licia Fábio Peço sempre esta pescada amarela em crosta de castanha de caju quando vou ao restaurante Amado, aqui em Salvador. Faça a crosta. Misture 1 col. (sopa) de manteiga com sal, 150 g de castanhas de caju quebradas e 1 col. (sobremesa) de farinha de rosca. Reserve. Tempere 800 g de filés de pescada amarela com sal e pimenta-do-reino moída. Grelhe-os dos dois lados, ao ponto, em frigideira antiaderente. Ponha os filés na assadeira. Junte a crosta. Gratine em uma salamandra até dourar. No restaurante Amado, servem o filé de peixe sobre purê de banana-da-terra, acompanhado de caruru e de um blend (mistura) de arroz selvagem com arroz branco.