A estrela de Hollywood, Elizabeth Taylor, que morreu nesta quarta-feira, teve uma carreira estrelada e uma vida atribulada
A atriz
Elizabeth Taylor, que morreu nesta quarta-feira, 23, foi um dos maiores mitos do cinema mundial. Sua prolífica carreira inclui vários clássicos da sétima arte e lhe rendeu dois Oscars de melhor atriz. Sua vida pessoal foi, no mínimo, peculiar, com oito casamentos.
Ela nasceu em Londres, em 27 de fevereiro de 1932, filha de pais norte-americanos. A família se mudou para os Estados Unidos em 1939. Liz, como também era conhecida, iniciou sua carreira cinematográfica ainda criança. Aos dez anos foi contratada pela Universal Pictures e atuou em
There's One Born Every Minute. Mas começou a ficar conhecida por sua participação em
Lassie, ao lado da famosa cadela.
Sua carreira foi evoluindo e, nos anos 1950, estrelou dois dramas:
Um Lugar ao Sol, ao lado de
Montgomery Clift, e
Assim Caminha a Humanidade, com
Rock Hudson e
James Dean. Com Clift e Hudson, ambos gays, desenvolveu uma grande amizade. Na mesma década, ainda participou de
A Última Vez Que Vi Paris.
Além do talento dramático, a sua beleza conquistou fãs ao redor do mundo. Os traços finos e delicados e os olhos cor de violeta fizeram dela um dos rostos mais fotogênicos do cinema. Nos anos 60, estrelou os dois filmes que lhe dariam o Oscar de melhor atriz:
Disque Butterfield 8 (1960) e
Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1966). Com os prêmios, tornou-se a atriz mais bem paga do mundo.
Elizabeth Taylor se casou oito vezes, duas com o mesmo homem, o ator britânico
Richard Burton, com quem contracenou em vários filmes, incluindo a superprodução
Cleópatra (1963). Ela também foi grande amiga de
Michael Jackson.
A partir dos anos 80, teve poucos papéis. Entre seus últimos trabalhos estão
A Maldição do Espelho (1980), de
Guy Hamilton;
A Vida do Jovem Toscanini (1988), de
Zefirelli; e como sogra de
Fred Flintstone na versão em filme de
Os Flintstones (1994), de
Brian Levant.
Após a morte de Rock Hudson, vítima da Aids, a atriz passou a desenvolver ações filantrópicas para levantar fundos para pesquisa e campanhas contra a doença. Em 2001, Liz recebeu do presidente
Bill Clinton a segunda mais importante medalha de reconhecimento a um cidadão norte-americano: a "Presidential Citizens Medal", oferecida pelos seus vários trabalhos filantrópicos. Nessa época se agravaram os problemas de saúde, ganhando peso e sendo levada a internações recorrentes em hospitais.
Taylor tratou vários problemas de saúde ao longo dos anos, incluindo a insuficiência cardíaca crônica. Em 1997, passou por uma delicada cirurgia para remover um tumor do cérebro e, em 2009, foi submetida a uma cirurgia para substituir uma válvula defeituosa no coração. Ela usava uma cadeira de rodas havia mais de cinco anos para lidar com sua dor crônica.
Em fevereiro de 2011, apareceram novos sintomas relacionados à sua insuficiência cardíaca, o que a levou a ser internada no Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, para tratamento. Liz morreu rodeada por seus quatro filhos.