Estrelando sua primeira novela, a atriz Maria Helena Chira, que vive a patricinha Camila em 'Ti-ti-ti', revela a sensação de estrear nos folhetins e como foi essa experiência
<i>por Priscilla Comoti</i> Publicado em 18/02/2011, às 19h06 - Atualizado em 25/02/2011, às 20h27
Com o fim da novela Ti-ti-ti, da Globo, já no mês de março, Maria Helena Chira pode dizer que levará muitas coisas novas na sua bagagem de atriz. Aos 27 anos, a jovem teve a oportunidade de viver a sua primeira personagem em uma novela e ainda teve o texto de Maria Adelaide Amaral e direção de Jorge Fernando. Maria Helena dá vida para a encantadora e patricinha Camila, que era noiva de Edgar (Caio Castro), mas no momento nutre um amor por Luti (Humberto Carrão).
A atriz tem uma longa história no teatro, quando começou na sua adolescência, e a primeira experiência na TV no seriado Som e Fúria, quando foi descoberta por Jorge Fernando e convidada para a trama das 7. Agora, já conhecida do grande público, Maria curte o reconhecimento nas ruas e a oportunidade de ter aprendido muito, desde posicionamento de câmeras até o convívio com grandes nomes da telinha, como Christiane Torloni e Claudia Raia.
Em conversa com o Portal CARAS, Maria Helena Chira revela o que levará com essa experiência, o que achou do sucesso da novela, a sensação de fazer a primeira novela e como foi viver na ponte aérea para encontrar com o marido, o produtor musical Marcelo Pellegrini. Confira!
- O que você leva de aprendizado com esse trabalho em Ti-ti-ti? O que aconteceu de mais divertido com essa oportunidade na TV?
- Nossa, levo tantas coisas! Acho que só vou ter a dimensão depois que acabar. É tudo muito intenso, você grava sem parar e se vê no ar todo dia. E vê a reação das pessoas. Isso é muito interessante para o ator, ver onde seu trabalho está chegando e como está chegando. Acho que o mais divertido é o assédio do público. As pessoas te vêem como o personagem e falam com você como se fosse a Camila. Isso é muito interessante.
- Quando começou a gravar a novela, você teve algum encontro especial com os seus ídolos pelos corredores do Projac?
- Eu fiquei bem impressionada com o elenco da novela, que tem vários atores incríveis, todos juntos e na mesma novela que eu! E conviver com eles, ver como eles lidam com toda a demanda da novela foi muito importante e especial para mim. Ver a concentração da Christiane Torloni no set, e a generosidade com que a Claudia Raia lida com as pessoas e divide suas experiências, por exemplo, são coisas que ficam pra sempre.
- Você se surpreendeu com a sua repercussão em Ti-ti-ti e a aceitação do público?
- Sim, me surpreendi. No início a gente nunca sabe o tamanho do personagem, o que pode acontecer com ele. E a Camila teve uma trajetória muito bonita, aconteceram muitas coisas com ela, e isso me deu a possibilidade de ampliar a personagem, de fazer várias facetas dela. Tem casos em que você não consegue fazer isso, e fica uma coisa só, cansativa. Eu tinha medo que a Camila ficasse só patricinha e ponto, acho que desgastaria. Foi muito bom ir recebendo os capítulos e vendo o que ia acontecendo com ela.
- Como está sendo fazer a sua primeira novela? Sentiu alguma dificuldade no começo?
- Está sendo muito bom para mim. Acho que aprendi muito, tanto sobre interpretação como sobre o veículo, o posicionamento de câmera, de luz, a forma com que a cena é pensada e editada. O começo foi difícil, é muita coisa em pouco tempo. Mas eu sou bem acelerada, então entrei no pique rapidinho.
- Sempre sonhou em seguir a carreira de atriz?
- Nunca pensei em outra coisa não. Acho que ser artista no Brasil não é opção, é necessidade. É uma área difícil, muito concorrida e com pouco investimento. Mas eu não ia conseguir ficar longe da área, de alguma maneira continuaria trabalhando com teatro.
- Você é paulista e a novela é gravada no Rio de Janeiro. Você fica na ponte aérea ou preferiu morar no Rio?
- Não, eu vou e volto. Adoro São Paulo, minha casa é aqui, então curto o Rio quando gravo e minha folga é em SP.
- Você está casada há pouco tempo com o produtor musical Marcelo Pellegrini. Como fica a vida de casada com a rotina agitada de gravações? Está conseguindo conciliar?
- A gente tem saudade, claro, mas ele é muito companheiro também. Estamos conciliando melhor do que eu pensava, no começo achei que ia ser mais difícil. A gente se dá muito bem, é muito especial.
- A sua personagem em Ti-ti-ti, Camila, é muito meiga e patricinha. Você também é assim? O que tem de semelhante entre vocês? E de diferente?
- Não, eu nunca fui muito patricinha, sempre fiz teatro e trabalhei para ter minhas coisas, a Camila teve tudo de mão beijada por um tempão! Acho que a nova fase dela se parece mais comigo, ela ficou determinada, com vontade de ser útil. E ela é muito justa, não usa ninguém, é correta. Eu tento ser assim também. Uma das principais diferenças é a idade. Por ela ser mais nova que eu, tem um frescor e uma alegria sempre. Aprendi um pouco a ser mais assim, não levar tudo tão a sério.
- A Camila já abandonou um noivo no altar e agora é disputada por alguns rapazes. Já aconteceu com você alguma situação parecida, de ficar divida entre seus amores?
- Não, acho que sempre que entra outra pessoa é porque a relação já estava acabada. Então acaba não sendo uma dúvida entre duas pessoas, mas entre coisas diferentes que você quer para sua vida. Acho que é melhor começar uma história quando a outra está encerrada, senão complica!
- Você tem algum palpite para o final de Camila na novela? Com quem você gostaria que ela terminasse?
- Acho que tudo pode acontecer, mas se for para ela terminar com alguém, teria que ser o Luti, que é o grande amor dela. Senão, eu acho que ela poderia ter um final sozinha, mas feliz, trabalhando, quem sabe criando vestidos, viajando, não sei. Mas, surpresas são sempre bem-vindas!
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