ANDERSON VAREJÃO CELEBRA SEU SUCESSO NA NBA
DE FÉRIAS NO BRASIL, APÓS CONTRATO DE 50 MILHÕES DE DÓLARES, ELE FALA DE SUA ROTINA NOS EUA
Redação Publicado em 17/08/2009, às 17h26 - Atualizado às 17h45
O jogador de basquete Anderson Varejão (26) já pode se gabar de ter uma fortuna à sua altura. Com 2m11, renovou contrato com o Cleveland Cavaliers, atual vice-campeão da Conferência Leste, por 50 milhões de dólares para atuar em seis temporadas. Na NBA desde 2004, ele já escreveu seu nome na história da liga profissional americana. O capixaba, um dos cinco titulares do Cleveland ao lado de LeBron James (24), eleito o melhor de 2008/2009, é amado pela torcida, que o apelidou de Wild Thing, coisa selvagem, em referência à cabeleira cacheada. O êxito não diminuiu o contato com o país natal. Varejão, que no início do mês promoveu em suas férias no Rio o Basketball Show - Brasil Charity Game, jogo beneficente em prol da Hope Unlimited, que abrigas crianças e adolescentes moradores de rua, descansou no Hotel Ferradura Private, em Búzios, RJ. Antes de embarcar para Porto Rico, onde no fim do mês defende a seleção brasileira na luta por vaga no campeonato mundial de basquete, que será realizado na Turquia em 2010, o ala-pivô falou com bom humor sobre sua rotina. Está solteiro e garante que é bem menos vaidoso do que seus companheiros de time. "Eles ficam passando hidratante no corpo por causa do frio. Eu não ligo para essas coisas, não", garante, só mudando o tom quando o tema passa a ser cabelo. Encabulado, admitiu que tem, sim, um cuidado especial com seus cachos.
- Que imagem os seus amigos do time possuem do Brasil?
- Todos respeitam muito o país. Alguns dizem até que conhecem o Rio, que é um lugar muito lindo.
- Como é a rotina nos EUA?
- É muito corrida. Jogo três vezes por semana, viajo bastante. Em média, são 41 jogos em Cleveland e 41 no restante do país. Chego a ficar 15 dias fora. São poucos os momentos livres. Quando não estou jogando, treino. É trabalhoso. Atuamos até no Natal!
- Como aproveita as folgas?
- Organizamos um churrasquinho. Faço na casa dos meus amigos porque moro em apartamento, não dá muito certo. Eu gosto de cozinhar.
- E tempo para namorar?
- Às vezes acontece (risos). No momento, estou focado no trabalho. É difícil conciliar.
- Sente falta das brasileiras?
- Elas têm qualidades, mas as americanas também têm. Na verdade, minha única restrição em relação a uma mulher é que não pode seja mais alta que eu (risos).
- Do que sente mais falta quando não está no Brasil?
- Da minha família e dos meus amigos. Também sinto muita falta do clima, ainda mais que sou de Vitória, que tem temperaturas muito agradáveis o ano inteiro. Em Cleveland é muito frio. Mas, como viajamos bastante, dá para fugir um pouco. Jogamos em lugares
como Miami, que é quente.
- O que mais te liga ao Brasil?
- A música. Ouço de tudo, sertanejo, pagodinho, samba, axé, MPB, além de muito hip hop, por causa dos outros jogadores, e Dire Straits, Coldplay, que eu gosto.
- Como é o seu relacionamento com o astro LeBron?
- Fico feliz por continuar atuando ao lado dele. Antes de renovar o contrato, ele me disse que sou importante na equipe e que não admitiria minha saída de Cleveland. Desde que cheguei ao time, LeBron tem sido um grande amigo e exemplo. Sempre me deu muita força e passou confiança em meu jogo.
- E com o resto do time?
- Todos são muito amigos, graças a Deus, como uma família. Não existe panelinha.
- Como você administra o seu dinheiro? Aplica onde?
- Estou bem assessorado. Tenho pessoas ao meu redor que me ajudam, que são informadas e me dão sugestões e indicações do que é melhor fazer.