SOLTEIRA E FELIZ, ELA MUDA O VISUAL PARA VIVER EX-MODELO DEPENDENTE DE ÁLCOOL NA NOVELA BICHO DO MATO
Redação Publicado em 11/08/2006, às 12h50
Sem namorado há cinco meses, a atriz da Record conta que aprendeu a vencer suas ansiedades em visita ao Hotel Mama Ruisa, Santa Teresa, Rio.
por Bianca Portugal
Quando o assunto é amor, a atriz Adriana Garambone (36) diz com veemência que vive muito bem sozinha. Solteira desde fevereiro, quando acabou relacionamento com um músico cujo nome prefere não revelar, Adriana, nos últimos meses, vem se sentindo pressionada a namorar, e concluiu que as pessoas estão sofrendo de ansiedade, o que garante ser um mal moderno. "Não entendo essa cobrança. Ter alguém ao lado não é uma necessidade para mim", afirmou a atriz.
Nem mesmo o novo visual tem estimulado a busca por um companheiro. Com os cabelos muito mais claros, por conta de sua nova personagem, a Silvia Schiller, de Bicho do Mato, novela da Record, ela afirma ser verdade que os homens preferem as loiras. Mas, entre os ditados, gosta mais do que diz: "antes só do que mal acompanhada". "Faço sozinha tudo o que faço namorando. Não deixo de ir ao cinema ou sair para jantar só porque não estou com alguém. Mesmo se não tiver nenhum amigo, vou sozinha. Cansei de ir ao cinema sem acompanhante. Não sinto falta mesmo", contou Adriana, cuja atual prioridade é o trabalho. Uma dedicação que vem até mesmo afetando sua vida social. Para interpretar uma ex-modelo que luta para se livrar do alcoolismo, a atriz conviveu com dependentes e se impressionou a tal ponto que hoje evita beber. "Já vou a churrascos sem tomar nada. Fiquei receosa e passei a ver o álcool não mais associado à diversão, mas sim a uma doença. Antes bebida significava festa, agoraé destruição", contou, no Hotel Mama Ruisa, em Santa Teresa, Rio.
- Como você fez o laboratório para a personagem?
- Conversei com vários dependentes e freqüentei até reuniões dos Alcoólicos Anônimos (AA). Descobri, inclusive, que essa batalhaé mais difícil para as mulheres do que para os homens, isso porque elas sentem mais vergonha. Não apenas de assumir a doença, mas até mesmo de ir às reuniões.
- Você também mudou o cabelo para a personagem. É a primeira vez que fica loira?
- É. Estava deixando o cabelo crescer há três anos, desde que fiz a peça Chicago. Me pediram para cortar e clarear, até porque emendei Prova de Amor com Bicho do Mato, outra novela da Record. Só tive um mês de férias e, para marcar a mudança de personagem, foi fundamental transformar radicalmente o visual.
- É verdade que os homens gostam mais das loiras?
- As pessoas realmente me olham muito mais. Eu adorei o resultado, mas jamais faria isso se não fosse pelo trabalho. Não sonhava em ser loira. Achava até um pouco absurda essa história de que é uma preferência masculina. Agora já não sei se quero voltar um dia a ser morena. Gostei da combinação da cor do cabelo com a minha pele. Suavizou minhas expressões.
- E ser loira falsa...
- Pois é. Tem esse fenômeno. Hoje todo mundo é loira de farmácia, mas, mesmo assim, não sei porque chama a atenção. Ainda é diferente, muito mais do que ser morena, e eu estou curtindo.
- Você também mudou o corpo. Está fazendo dieta?
- Emagreci cinco quilos ao longo de uns quatro meses. Estou fazendo tratamento ortomolecular. Fiz Chicago, um musical que exigia muito esforço físico. Estava numa fase bem seca. Podia comer qualquer coisa quando entrei em Essas Mulheres, em 2005, minha primeira novela na Record. Depois, emendei as outras duas tramas. Ficou puxado e difícil ter uma disciplina para exercícios. Por isso, engordei um pouco, mas agora voltei ao meu peso, que é 58 quilos em 1m67.
- Mas você sempre fez atividades físicas?
- Comecei a estudar balé com apenas cinco anos. Na adolescência, também pratiquei surfe e natação, sem parar com o balé. Até os 20 anos, achava que seria bailarina profissional. Entrei num curso de teatro apenas para melhorar a interpretação durante a dança. Mas me apaixonei pelo trabalho de atriz.
- Falando em trabalho, você hoje só vive para a novela, sem dar chance a um novo namoro?
- Estou sempre aberta ao amor. Quando reclamo da pressão e da ansiedade das pessoas, é porque acho que o amor acontece quando a gente menos espera. Não adianta ficar buscando. E, enquanto não encontro, vou ser feliz. Não é porque estou sozinha que não posso ser. Vejo essa ansiedade geral como uma infelicidade de estar consigo mesmo. E eu não tenho isso. Faço qualquer coisa sozinha. A vida é simples, a gente é que complica.
Agradecimentos: Agilitá, Antonio Bernardo, Cavendish, Hotel Mama Ruisa, Lenny e Tidsy; Produção: Claudia Mello, Beleza: Duh.FOTOS:SELMY YASSUDA
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