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A EMOCÃO VELEJA NOS MARES DO RIO

EQUIPE BRASILEIRA É OVACIONADA APÓS DISPUTA NA BAÍA DE GUANABARA

Redação Publicado em 05/04/2006, às 11h53

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A Chegada do Braisl 1 na Marina da Glória. A equipe do capitão Torben Grael conquistou o quarto lugar no Volvo Ocean Race.
A Chegada do Braisl 1 na Marina da Glória. A equipe do capitão Torben Grael conquistou o quarto lugar no Volvo Ocean Race.
por Luciana Marques O velejador Torben Grael (45) foi cercado por fãs assim que desembarcou no píer da Marina da Glória, no Rio, ao final da in-port race-prova disputada dentro da Baía de Guanabara, que conta pontos para a Volvo Ocean Race, a mais importante regata de volta ao mundo. "Não estamos acostumados com todo este assédio e carinho.É sensacional!", disse o capitão do Brasil 1, único barco nacional a participar da competição, criada em 1973 e realizada a cada quatro anos. "Nasci no Rio e sempre competi na Baía. Fiquei emocionado com a multidão que nos apoiou", completou o timoneiro João Signorini (28), referindo-se às cerca de 70 000 pessoas que assistiram à regata, sendo 20 000 distribuídas em outras embarcações e 50 000 nas orlas do Rio e de Niterói. Eufóricos, os torcedores aplaudiam sem parar os atletas brasileiros, que terminaram a prova local em quarto lugar. O Brasil 1 - patrocinado pelo HSBC e outros -ficou atrás apenas dos barcos Holanda 1, Movistar e Ericsson. "Estávamos ansiosos por um resultado positivo no nosso país e acabamos cometendo um erro, mas ficamos felizes com a colocação, já que chegamos a estar em último lugar", explicou Torben, referindo-se a uma arriscada manobra - realizada quando o barco estava na segunda colocação - que acabou fazendo-os receber uma punição e perder posições. Considerada a Fórmula 1 da vela mundial, a Volvo Ocean Race permite que nas etapas locais os barcos levem até três convidados. Quem sentiu de perto a emoção de estar em uma dessas "máquinas" foi o ministro Luiz Fernando Furlan (58), do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Ele velejou a bordo do Brasil 1, enquanto sua mulher, Ana Maria Gonçalves Furlan, acompanhava toda a movimentação na embarcação da revista Náutica. Assim como o ministro, Luciano Huck (34) também sentiu de perto a adrenalina da competição. O apresentador da Globo participou da regata na embarcação da equipe americana Piratas do Caribe. "Ter o privilégio de acompanhar qualquer esporte de alto nível é um grande prazer", celebrou Huck, que eventualmente também se aventura al mare em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, onde costuma passar os dias de folga com a mulher, a apresentadora Angélica (32), e o filho, Joaquim (1). "Tenho um barco a vela e outro a motor. Quando dá, nós saímos para passear. Sempre fiz esportes e cheguei a velejar quando tinha 16 anos", contou. Medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, o cavaleiro Rodrigo Pessoa (34) não chegou a estar presente no circuito feito na Baía, mas visitou o barco brasileiro e, na véspera da prova, velejou com o capitão Torben. "Hipismo e vela têm pontos parecidos, são esportes em que você precisa usar muito a intuição. O barco é como o cavalo, não fala o que está acontecendo, você é que tem que sentir e entender", constatou ele. Rodrigo, que vive em Bruxelas, na Bélgica, revelou que sua única experiência com barcos até então havia sido para pegar sol em Angra. "Disse ao Torben que tentaria ajudá-lo, mas só consegui mesmo não atrapalhar", divertiu- se ele, impressionado com a estrutura da embarcação. As medidas são realmente impactantes. O mastro do Brasil 1, com 30,5m, chega à altura de um prédio de nove andares. E o comprimento do barco, 21,5m, corresponde ao de um ônibus e dois carros populares alinhados. A embarcação encantou ainda os 50 convidados e executivos do HSBC, que acompanharam a regata a bordo do Tocorimé, maior veleiro em madeira do país - com 120 pés (36m). "Para o Brasil, é um orgulho ficar entre os quatro melhores, afinal é a nossa primeira experiência na disputa", comemorou Ayres Brandão (42), gerente regional do HSBC no Rio, ao lado de Glen Valente (41), diretor de marketing do banco, Walter Shinomata (47), diretor executivo do HSBC, e do empresário Onofre Laselva (49), acompanhado do filho Mathias (17). Pouco antes de embarcarem, eles apresentaram o Tocorimé ao ator Marcos Frota (50). "Não entendo nada do esporte, mas torço muito e tenho uma relação forte com o mar. Moro na beira da praia e sou surfista", disse Frota. Com o final da regata carioca, a equipe do Brasil 1 passou a se concentrar na quinta fase da Volvo Ocean Race, iniciada no domingo, 2, com a largada para Baltimore, nos Estados Unidos. Na classificação geral da competição - no momento liderada pelo Holanda 1 - os brasileiros estão em quinto.