James Cameron confraterniza com o Nobel Al Gore e realizadores do fórum pró-ambiente em Manaus
Redação Publicado em 30/03/2010, às 16h18 - Atualizado às 16h26
No coração de uma das maiores áreas verdes do mundo, a Floresta Amazônica, empresários, lideranças políticas, ambientalistas e personalidades engajadas, como o Prêmio Nobel da Paz 2007 e ex-vice-presidente dos EUA Al Gore (61) e o cineasta canadense James Cameron (55), autor do premiado Avatar, um libelo contra as agressões que homem inflige à natureza, se reuniram durante o Fórum Internacional de Sustentabilidade. Realizado pela Seminars, empresa fruto da junção da Doria Associados e da Maior Empreendimentos, e promovido pelo Lide, Grupo de Líderes Empresariais, de João Doria Jr. (52), com apoio do governo do Amazonas, o encontro foi realizado entre os dias 26 e 27 de março, no hotel Tropical Manaus, na capital do Amazonas.
"As exceções matam e esta é uma exceção. Vivemos uma crise nunca vista antes que requer raciocínio, debate e conhecimento compartilhado. É difícil aceitar que somos os culpados, por isso é importante uma mudança radical na nossa relação com o planeta e focar em como nós enfrentamos este desafio", defendeu Al Gore, autor do documentário Uma Verdade In conveniente, presenteado com escultura da série Movimentos da Vida, da artista plástica Bia Doria (44), mulher de Doria. "Ela é feita de resíduos de madeira certificada e faz parte de um grupo de quatro esculturas inspiradas em Avatar", explica a elegante Bia.
"É um desafio falar um dia depois de Al Gore. Nós temos algo em comum: ambos fazemos filmes, além de nos preocupar com a crise ambiental", compara Cameron, que na primeira visita ao Brasil, acompanhado da mulher, a atriz Suzy Amis (48), recebeu a bandeira do Amazonas das mãos de Jecinaldo Sateré-Mawé (38), secretário de Estado para os Povos Indígenas. "Não vou fingir que sou ambientalista. Sou cineasta e a única coisa que posso fazer é falar com o coração. Avatar é meu filme mais pessoal e não o fiz para ganhar dinheiro, mas para denunciar. O longa é uma resposta emocional a este dilema: vivemos um momento importante e esta responsabilidade está sobre nossos ombros. Somos os donos do futuro e temos que nos tornar guerreiros pela terra, assim como o governador Eduardo Braga. Será que é possível cloná-lo? Sempre há soluções quando líderes têm boa vontade em relação ao problema", defende o cineasta, no evento que teve Ana Paula Padrão (44) como mestre de cerimônias. Ao lado de Carl Emberson (46), da Seminars, e do governador Eduardo Braga (49), com a mulher, Sandra (46), ele viu a apresentação dos bois Garantido e Caprichoso, de Parintins, no Teatro Ama zonas.
"A Amazônia é capaz de juntar talentos, como cineastas e grandes empresas. Temos parcela de responsabilidade com o ambiente, com a sustentabilidade. Quanto mais investimentos, geração de empregos e renda em economia verde ocorrer aqui, mais sucesso teremos", diz Braga, que acaba de se desvincular do cargo para concorrer ao Senado. "Defender a floresta para fazer dela fonte de riqueza é opção inteligente, pois conjuga o direito de viver das populações com o direito da natureza de sobreviver", completa Doria. "A parceria entre setores privado, público e ONGs é o caminho", diz Aurélio Guido Pagani (50), diretor de rede
de agências do Bradesco.
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