Marcos Bernstein e Carlos Gregório querem dialogar com o público usando referências de aventura consagradas na TV e no cinema
Para a realização da “pequena epopeia” de Além do Horizonte, os autores Marcos Bernstein e Carlos Gregório contam com a parceria da direção geral de Gustavo Fernandez e de núcleo, Ricardo Waddington. “A gente está falando a mesma língua desde o início. Quando estávamos começando a colocar tudo no papel, me encontrei com o Ricardo e ele já curtiu a história. Ele começou a nos provocar para fazer a sinopse logo, se mostrou empolgado e com pressa. Começamos a escrever com mais gás e empolgação”, contou Marcos ao site oficial da novela.
Carlos faz coro com o colega. “Ricardo entendeu de cara o que a gente queria fazer e colocou um gás na gente. Percebemos que estamos no lugar certo para produzir essa história”, explicou.
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Os elogios se estendem a Gustavo, que é definido como “diretor ninja” por Carlos. “Ele tem sido um grande parceiro, porque persegue tudo do conteúdo, incansavelmente. E tem essa coisa da qualidade que o Ricardo coloca em todos os projetos. Ele propõe coisas e com grande compreensão, integrado com o que a gente quer fazer, gostando e se lançando nisso. Seguramente estamos num excelente ambiente para fazer a novela”, disse. Marcos conta que Gustavo mudou a dinâmica de algumas cenas durante a viagem à Amazônia: “Foi uma mudança ótima! A gente adorou”.
Sobre escrever juntos, a dupla garante que a parceria está azeitada. “Obviamente que se estivéssemos brigando não íamos contar. Mas a gente tem se dado bem, estamos podendo ser sinceros”, disse Marcos. Carlos confirma a afinação entre eles e diz que a maior preocupação agora é a de se comunicar com o público: “Temos a expectativa de nos comunicar com as pessoas, que elas gostem do que a gente está fazendo. Que a gente consiga chegar a elas e estabelecer um diálogo”.
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Quem está ansioso para conhecer a nova novela das sete pode esperar uma história de aventura e mistério, recheada com uma boa dose de humor. E se o público ainda vai precisar aguardar um pouquinho, a diversão já começou para a dupla de autores, que estreiam como titulares de uma novela. “Estamos extraindo o máximo de prazer dessa experiência. A gente acha que vai passar isso”, afirmou Marcos, que tem uma carreira de sucesso no cinema com longas como Faroeste Caboclo, Meu Pé de Laranja Lima e Central do Brasil, neste último dividindo a autoria com João Emanuel Carneiro. Já de Gregório o público deve se lembrar pela sua carreira de ator - seu último trabalho foi no seriado A Vida Alheia.
Além do Horizonte sela a parceria entre Marcos e Carlos, que começou quando ambos eram colaboradores em A Vida da Gente, de Lícia Manzo. Para Marcos a parceria flui tão bem que foi natural mostrar sua ideia para a trama e convidar Carlos para escrever junto. A novela vai mostrar a história de três jovens, Lili (Juliana Paiva), William (Thiago Rodrigues) e Rafa (Vinícius Tardio), que estão em busca de parentes desaparecidos. Nessa jornada, os três irão enfrentar muitas aventuras.
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Confira a entrevista que os autores deram para o site da novela, que estreia dia 4 de novembro.
Como surgiu a ideia para Além do Horizonte?
Marcos Bernstein: Eu comecei a pensar em pessoas que vão em busca de ideais, de sonhos, de lugares que acham míticos. Comecei a especular o quanto elas seriam capazes de fazer em busca desse sonho. Pensei nessas pessoas que estão insatisfeitas com a vida que levam e que em algum momento decidem largar tudo o que têm. E nas pessoas que ficam e resolvem ir descobrir o que aconteceu com esses parentes, irmãos, maridos, namorados que desaparecem sem deixar aviso ou direção, e que podem ter morrido.
Carlos Gregório: Quando Marcos propôs a ideia eu achei de difícil execução, mas muito instigante. Ela me lembrava um filme que é um fetiche meu, O Segundo Rosto, de John Frankenheimer, que era sobre uma empresa que fazia as pessoa desaparecerem para uma outra vida. Aí bateu uma coisa legal de fazer. A gente começou a explorar essa ideia complicada e percebeu que tinha potencial de uma coisa misteriosa, aventuresca, com todos esses apelos.
Os personagens estão em busca da felicidade. Por que a escolha desse tema?
Marcos: Podia ser uma caça ao tesouro, podia ser mais aventuresca. Mas acho que buscar um sentimento tem muito mais comunicabilidade com as pessoas. Todo mundo se questiona sobre isso em algum momento da vida; alguns se contentam com o que têm, outros, não. É um sentimento que todo mundo já teve. Nossa proposta é falar sobre as pessoas que radicalizam esse sentimento e não só mudam suas vidas dentro das regras que já conhecem como dentro de outras regras. É bem mais universal do que falar de um tesouro.
Carlos: A felicidade é um bem além de todos outros. A ideia de que dinheiro não compra felicidade existe, porque a felicidade é colocada como um bem maior do que o dinheiro. Se você tem a ideia de que esse bem está sendo oferecido, que isso é uma coisa que todas as pessoas buscam, esse é um tema forte para a gente explorar. A felicidade sempre foi, em todas as épocas, um bem procurado.
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A novela tem muita aventura e suspense. Vocês tiveram alguma inspiração?
Marcos: A inspiração é fazer uma novela de um gênero de aventura. Vem aquela coisa dos filmes dos anos 80. É um tom completamente diferente, não é cinema americano, é uma novela brasileira. Mas tem essa inspiração do Indiana Jones, dos Goonies, de filmes de busca como Horizonte Perdido, que é década de 30. E a direção tem buscado referências também, que casam muito bem com coisas que a gente pensou.
Carlos: O mais importante é abraçar o gênero aventura, que não é um gênero muito explorado na televisão. O cinema dos anos 80 é referência, mas desde Os Três Mosqueteiros você tem esse gênero bem plantado na literatura. É um gênero muito divertido e a gente se diverte fazendo isso. É explorar esse gênero por amor a ele.
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