Com bom humor, autor reflete sobre êxitos na TV, polêmicas e maturidade em novo lar em SP
Para Aguinaldo Silva (74), a pa lavra autenticidade vai muito além dos significados do dicionário. É, acima de tudo, uma filosofia de vida. Considerado um dos maiores novelistas do Brasil e autor de inúmeros sucessos que arrebataram o público, como Roque Santeiro, Tieta, Vale Tudo, Senhora do Destino e Império, que lhe rendeu o Emmy de Melhor Telenovela, o pernambucano vem imprimindo sua marca não apenas na TV, mas também na internet e não poupa suas opiniões nas redes sociais. “Meu lado desbocado até pode me atrapalhar um pouco, mas sou assim, não consigo me segurar. A gente leva, mas também bate”, disse ele, em seu novo canto paulistano. “As pessoas encaretaram e isso aconteceu por conta do politicamente correto. Será que vão me processar porque eu disse isso ou aquilo? Acabo descarregando tudo nos vilões, afinal, eles podem tudo, né?”, diverte-se.
Celebrando 40 anos como roteirista, Aguinaldo está a todo vapor na elaboração de sua próxima trama global da 9, O Sétimo Guardião, prevista para outubro de 2018, e garante não ter o peso de superar o sucesso dos trabalhos anteriores. “Encaro cada novela como se fosse a primeira e, quando acaba, procuro esquecê-la. Brinco que novela é igual orgasmo, você perde um e daqui a pouco vem outro”, compara, aos risos. Os boatos de que a história seria um plágio não abalaram em nada sua confiança. “Não houve um problema real. O que houve foi o que chamo de baixa mídia, que não checa as informações”, desabafa.
O teatro também está em alta em sua rotina. A adaptação de Lili Carabina, estrelada por Viviane Araujo (42), veio coroar as quatro décadas de trajetória. “É preciso se reinventar e ouvir o público. Comecei escrevendo romances e nunca imaginei ser novelista”, diz ele, que sonha em fazer uma série. “Tento adaptar a linguagem para as novelas. Já apresentei projetos, mas são engavetadas, porque me querem nos folhetins.”
Curioso — característica herdada da época em que era repórter —, Aguinaldo gosta de observar pessoas. “Digo que serei jornalista até morrer. Preciso procurar tipos reais nas ruas para criar meus personagens. Curiosidade faz o homem evoluir e me impede de ficar velhinho”, assegura ele, que se revolta ao ver preconceito com a terceira idade. “Quando querem me ofender, me chamam de velho alguma coisa, velho safado, velho nojento. A ofensa maior é ser velho”, diz ele, vaidoso assumido. “Quando estou em público, me preocupo com minhas atitudes.Também me recuso a perder centímetros por conta da idade.”
Diferente de suas histórias, que sempre contam com uma pitada de romance, o coração de Aguinaldo tem batido solitário. “Desde que o Tadeu, meu gato, gato mesmo, morreu , não me apaixonei por mais ninguém. Minha teoria é que, nesta idade, não preciso mais de uma relação, mas de um enfermeiro”, ri ele, que aprendeu a lidar com a solteirice. “Não tenho problema com isso e só faria análise se o analista me pagasse! Com a vida corrida que levo, é difícil manter um relacionamento. As pessoas vão se afastando e você vai ficando só. O último Natal, passei em Paris, em um restaurante. Estava sozinho e asseguro que foi um dos melhores da vida.”
Há, no entanto, uma paixão: Portugal. Apaixonado pelo país, é lá que ele exerce sua faceta empreededora. É dono de um hotel, dois restaurantes e uma grife de sapatos. “Tenho fascínio por sapatos e resolvi fazer os meus. Até pensei em trazer para o Brasil, mas os impostos são caros e desisti”, pondera ele, usando um dos modelos, um sapatênis com detalhes em prateado.
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