Pedro Bial relembra como foi gravar o especial para celebrar os 50 anos da dupla Chitãozinho e Xororó. Saiba curiosidades sobre o programa!
O apresentador Pedro Bial contou que se emocionou durante a gravação do especial Chitãozinho e Xororó - 50 anos de história, que será exibido na Globo na noite desta quarta-feira, 1 de junho, após a novela Pantanal. O especial foi produzido pela equipe do programa Conversa com Bial e promove resgates inéditos, suportados por um rico material de arquivo, e musicais da trajetória da dupla sertaneja. Assim, o comunicador contou sobre a preparação para a gravação e um momento que o deixou emocionado ao lado da dupla.
"Eu já me emocionei estudando, fazendo a pesquisa e certas ligações da história da biografia da dupla com a história do Brasil. Uma certa comoção de brasileiro e entendendo o Brasil desses 50 anos que eu também vivi, já que eu tenho mais ou menos a mesma idade deles. Em 1970, eu tinha 12 anos. Então a minha adolescência e começo da minha vida adulta, tudo aquilo que eu vi, testemunhei, vivi, estava ali. Nas gravações, eu me emocionei bastante em volta do momento da fogueira. Quando eles tocaram “Rancho Fundo”, nossa, fiquei muito comovido. E tudo ali foi muito emocionante. Foi mágico, não tem outra palavra. Quando cantaram “Luar do Sertão” e a lua, ela mesma, se apresenta por trás dos galhos, dos arbustos das árvores, foi tudo muito bonito", disse ele.
Inclusive, Bial contou que se envolveu em todas as etapas do projeto. "Participei da ideia original, desse desejo como equipe de produzir esse programa. Trabalhei bastante em parceria com os roteiristas Paulo Maria Martins e Marília Juste, também com a diretora Monica Almeida. Fizemos o roteiro a várias mãos. Mas o fechamento do roteiro, o roteiro final e texto final, além da pauta de entrevista, são meus. E fui acompanhando todo o processo. Já para a edição, tive que me afastar mais, e a Monica Almeida conduziu. A direção e as soluções cênicas e visuais foram do Gian Carlo Belotti, que foi o diretor mesmo de campo", declarou.
Nos bastidores do especial, o comunicador ainda relembrou um momento especial de sua vida que envolve a dupla. Ele contou sobre quando ouviu a música deles pela primeira vez. "Olha, no final dos anos 80 e começo dos 90, em que a música sertaneja cresceu muito no Brasil, eu morava fora do país, e naquela época não tinha internet. Então fiquei meio por fora. Uma vez, de férias, eu estava vendo televisão e vi Sandy & Junior, eles eram bem pequenos, bem crianças, e eu fiquei impressionado com a qualidade daquilo. Nunca tinha visto, não conhecia, e fui procurar saber. Vi que eram filhos do Xororó, então ouvi Chitãozinho & Xororó. Eu, na minha vivência de jogador de basquete na década de 70, viajei muito pelo interior de São Paulo e adorava as duplas caipiras. Eu chegava nas cidades e saía procurando nas ruas porque tinha muito disso, as duplas se apresentavam nas ruas. Eu achava aquilo espetacular. E quando ouvi Chitãozinho & Xororó na década de 90 eu falei ‘caramba, isso já não é o caipira que eu conheci, isso é outra coisa’, e era o que já estava sendo chamado de sertanejo", declarou.
O diretor geral Gian Carlo Bellotti revelou mais detalhes de como foi produzir o especial sobre a dupla sertaneja. Ele contou que a ideia partiu do projeto do programa Conversa com Bial de produzir documentários e especiais sobre grandes personalidades. "Esse núcleo nasceu com a série ‘João de Deus’. Dentro desse núcleo, a gente vem fazendo documentários especiais e musicais. Já fizemos Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Erasmo Carlos, e Chitãozinho & Xororó já era um sonho, a gente vinha falando sobre isso desde a pandemia. Queríamos fazer o especial com a história deles, primeiro, porque eles são gigantes, e têm muita qualidade, e outra porque acho que eles representam um Brasil muito importante - como milhares de brasileiros, vieram para a cidade grande. Essa é uma história que precisava ser contada, precisa ser homenageada", revelou.
A pesquisa também foi um ponto muito importante para a criação do especial sobre Chitãozinho e Xororó. "Eu costumo dizer que nossa equipe é meio garimpeira, é todo mundo viciado em arquivos, em encontrar coisas que ninguém nunca viu ou que estão esquecidas num canto, e isso está no nosso DNA. Tem uma especificidade em Chitãozinho & Xororó porque grande parte dessa carreira foi documentada pela TV Globo. Eles foram muito filmados. Então tivemos toda essa parte de mergulho nos arquivos da TV Globo, e tem uma outra parte dos materiais que vieram pelos fãs, além de coisas da própria dupla que eles abriram pra gente. Mas foi curioso porque, como essa pesquisa veio de várias formas, eles encontraram coisas que nunca viram ou que não viam há muito tempo, como uma foto da mãe. Considero essa parte do especial, com as memórias da vida deles, muito gostosa: ver eles descobrindo aquilo, tocando aquele material, descobrindo a vasta pesquisa, ver coisas que eles nem lembravam", contou ele.
E completou: "[A pesquisa] Deve ter durado mais ou menos uns três meses, desde que começamos a conversar. E, na verdade, as coisas não pararam de chegar. Tem uma curiosidade que a gente tem sobre os materiais que é o ingresso de quando eles tocaram pela primeira vez no Palace. O Palace era um lugar em São Paulo onde tocavam grandes músicos, e representa a entrada deles para o mainstream. Na época, existia um preconceito com a música sertaneja, e eles conseguiram tocar ali. Esse ingresso chegou pra gente às 22h do dia anterior à gravação, que começaria às 10h. Lembro que, quando chegou, o set já estava montado, e foi uma grande comemoração. Foi uma surpresa pra eles ver o ingresso".
Os bastidores da gravação também foram um grande desafio para a equipe por causa de algumas particularidades. "O maior desafio foi não criar um cenário num estúdio e trazê-los para o nosso universo. Então a gente filmou todo esse especial próximo ao local onde eles moram e convivem, onde também começaram a fazer sucesso, que é o interior de São Paulo. Fomos até um circo de verdade, produzimos um show de verdade. Filmamos numa fazenda, no meio do mato. Então acho que ir para uma externa, com qualidade sonora e de vídeo, é o maior desafio. Outra coisa é que, como nosso principal ativo é uma excelente conversa com Pedro Bial, a gente tem uma missão que é a parte técnica não atrapalhar essa conversa. Então a gente sempre tenta deixar as câmeras o mais longe possível pra não interromper. Enfim, criamos esse ambiente para que essa conversa aconteça de forma fluida e sem interrupção. Essa é grande dificuldade, mas vale a pena", revelou o diretor.
Gian Carlo ainda contou sobre o período das gravações com a dupla. "A gente teve três grandes diárias: gravamos no circo, na fogueira e na casa com as memórias. Também tivemos outras duas para uma imersão no lugar. Fui eu e mais dois assistentes filmando a região, em drone, por exemplo, porque queríamos ter bastante daquele ambiente no especial. Dentro do circo acredito que tivemos umas 100 pessoas envolvidas, e, nas gravações da fogueira e da casa de memórias, cerca de 60 pessoas", relembrou.
Por fim, a diretora artística Monica Almeida descreveu o que o público pode esperar do especial. "Eu descreveria esse especial como uma grande celebração, uma grande homenagem, principalmente porque que todo mundo da equipe tentou fazer mais do que o melhor. É um especial para todo mundo cantar, se se divertir, se emocionar e para descobrir histórias. Também para lembrar das nossas próprias histórias", disse ela.
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