Mel Fronckowiak diz que o namoro "está ótimo" e que o relacionamento não a atrapalha profissionalmente. Distante das novelas desde o fim de 'Rebelde', ela conta que está se dedicando à carreira de escritora
A fase de Mel Fronckowiak (25) é mais do que especial e ela faz questão de não esconder isso. Namorada de Rodrigo Santoro (37), a atriz, modelo e agora escritora empolga-se com a guinada radical que vem dando nos últimos meses. “Estou em momento de apaixonamento pelo trabalho e pela vida. É hora de realização profissional, isso se reflete no meu íntimo”, assume, em entrevista exclusiva à CARAS no hotel La Suite, Rio. “Está aí, todo mundo sabe, não é assunto novo mais”, comenta sobre o romance. Os dois se conheceram em março do ano passado, na pré-estreia do filme Heleno, protagonizado por Rodrigo. Foram apresentados por uma amiga em comum, a assistente de direção Nadia Bambirra. O namoro engatou em junho e, desde então, são vistos sempre juntos, tanto em Los Angeles, onde o galã investe na carreira hollywoodiana, como no Rio, onde já dividiriam o mesmo teto. O “apaixonamento” por Rodrigo envolve ainda outras descobertas. Após promissora carreira de modelo e o sucesso como atriz em Rebelde, da Record, Mel se viu ovacionada pelo público adolescente nos shows do grupo originário da extinta novela. E nos próximos dias inaugura maratona que marca outra reviravolta. Em 24 de agosto, em noite de autógrafos carioca, inicia turnê de lançamento de seu primeiro livro: Inclassificável – Memórias da Estrada, com crônicas e reflexões poéticas. Quatro mil exemplares já foram solicitados em pré-venda na internet. “Acabou Rebelde e vi que eu tinha muitos seguidores jovens no Twitter. Estimulava-os à leitura. Os pais me amam!”, conta Mel, que se encantou pela literatura na infância com o romance Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos (1920–1984).
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– Como anda o namoro?
– Ótimo.
– Atrapalha profissionalmente namorar Rodrigo Santoro?
– Desde que entendi como funcionava esse meio, sempre me resguardei o direito de preservar a minha vida pessoal. Não acho que o namoro possa atrapalhar ou prejudicar porque isso funciona da
maneira como você conduz.
– E por que deixou de atuar?
– O que eu sou de verdade é escritora, mais do que atriz. A novela foi legal, faria outra coisa atuando, inclusive é a profissão que tenho na minha carteira profissional. Mas, neste momento, estou escrevendo. É o trabalho que amo.
– Vai lançar outro livro?
– Estou focada neste primeiro, mas quem sabe? Sempre escrevi e adoro português. Comecei a ler esses dias Luis Fernando Veríssimo e percebi que meus contos têm uns traços parecidos com os dele. A gente vai se alimentando de coisas boas...
– Tendo um lado intelectual tão latente, por que participou do concurso Miss Bumbum (2008)?
– A coisa do bumbum foi aqui no Brasil. Era um concurso de lingerie na França. O que faço com o povo que fala o contrário? (risos) Jamais participaria de seleção para eleger esse tipo de coisa. Era trabalho, bom cachê. Foi bacana na época, mas o esteriótipo que ficou foi bem desagradável. Hoje não me exponho mais assim.
– Acredita que isso possa prejudicar sua carreira literária?
– Acho que as pessoas olham para mim e pensam. Ah, é modelo, foi atriz e agora está escrevendo? Mas, enfim, sou uma escritora.
– Teme a instabilidade do meio?
– É uma apreensão virar escritora. Tenho que pagar as contas. Dependo exclusivamente de mim. Mas tenho sorte de ter um público fiel originário de Rebelde.
– Com 15 anos você saiu de casa para estudar. Ainda é doloroso ficar longe da família?
– Sempre acho que lido muito bem com a saudade, até encontrar com a pessoa. E chega uma hora em que essa saudade anestesia. Quando visito minha terra e volto para o Rio, é sempre o maior chororô. Também tenho um lado frágil... Na época dos shows, ficávamos muito tempo na estrada. Ainda bem que a tecnologia ajudou bastante.
– É sempre tão positiva?
– Sou terrivelmente! (risos) É a minha grande qualidade e o meu grande defeito. Luto pelas coisas que acredito, sou feliz, muito passional, intensa.
– Isso vem de família? Como foi sua criação?
– Sou do interior gaúcho, de Pelotas. Fui criada com a ideia de que a mulher tem um papel forte. Sou independente, mas sei cuidar da casa.
– Em que sentido?
– Minha mãe me ensinou tudo desde os 8 anos: a costurar, lavar, cozinhar...
– Além desses ensinamentos, como foi sua infância?
– Brincava muito, chegava em casa toda ralada, subia em árvores. Não fui uma criança precoce, mas gostava de ler muito.
– Com que idade você começou a namorar?
– Sempre fui quietinha. Dei o primeiro beijo com 14 anos. Usava óculos, depois coloquei aparelho nos dentes. Com o tempo nos ajeitamos. Não me sentia bonita. Era magrinha.
– E quando desabrochou?
– Aos 16 anos. Todos os meninos que eu gostava se interessavam pela minha melhor amiga, uma desgraça! Não tinha muito espaço com eles e me encaixava em outro lugar. Sempre fui líder de turma, participava de grêmio estudantil.
– E nunca foi romântica?
– Sou bem misturada. Sou moleca, meu pé é grosso, gosto de me sujar até hoje. (risos) Mas acredito nos sonhos, no amor.
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