Ator comemora sua estreia na TV em Pecado Mortal e relembra o ínicio da carreira, quando morou em uma república lotada. Ele também conta que se casará em dezembro com a atriz Juliana Schalch
O clima é de despedida, mas ao mesmo tempo de comemoração para o ator Henrique Guimarães. Aos 31 anos, o paulista fez sua estreia em novelas em Pecado Mortal, que chega ao fim na sexta-feira, 30. E a chegada à TV foi logo em dose dupla – como o italiano Michelle na primeira fase da trama da Record, e o filho dele, Juliano, na segunda.
Enquanto se prepara para voltar aos palcos, onde trabalha desde os 17 anos, o ator lembra do começo da carreira – período que chegou a dividir a casa com outros oito moradores -, conta que está de casamento marcado com a atriz Juliana Schalch, e que já pensa em filhos. "Vou ser um pai muito ciumento".
Veja o bate-papo!
- Como avalia sua estreia na TV?
Foi incrível, foi uma estreia linda porque tive a oportunidade de fazer esses dois personagens nessa família de homens e mulheres com personalidades muito fortes. Eu tinha feito Oficina de Atores da Globo, mas não conhecia muito a rotina dos estúdios, de gravações... Foi incrível! A televisão é um lugar onde se aprende muito. A troca com os colegas de elenco foi muito bacana, nos bastidores todo mundo tem amizade, um clima de família mesmo. Estamos triste porque está acabando. Criou-se uma amizade com a parte técnica, com toda a equipe. Estou gravando há um ano e nunca teve um estresse. O clima é muito gostoso.
- O Juliano é surfista, menino do Rio, mulherengo... Vocês são bem diferentes?
Fui sacando aos poucos as diferenças entre mim e Juliano no andar da novela. A gente gosta de natureza, é pacífico, gosta de levar as coisas numa boa. Mas ele falta no sentido de ter prontidão, de ir à luta e encarar as coisas de frente. Eu tenho mais essa personalidade. Saí de casa com 16 anos, fui buscar a minha vida desde cedo, a minha independência. Sempre fui muito em busca dos meus objetivos.
- O começo foi difícil?
Eu passei no vestibular com 16 para 17 anos, morava em Mogi das Cruzes (interior de São Paulo). Nos três primeiros meses, ainda morava na casa dos meus pais e ia e voltava todos os dias. Mas começou a ficar muito puxado, então decidi ir morar em São Paulo com amigos. A minha primeira república a gente dividia uma casa de três quartos em nove rapazes. Todo mundo faz música, teatro, artes... eu acordava com um cara estudando clarineta no meu ouvido às sete da manhã. Foi também uma fase de engajamento político, de movimento estudantil.
- Você passou por algum perrengue nesse começo?
Já passei alguns perrengues, mas desde que decidi fazer a faculdade de teatro e me jogar nessa profissão não tinha muito para onde correr. Já dei aula de teatro para segurar a onda quando os trabalhos estavam mais difíceis, mas acho que em qualquer profissão a gente passa por isso, quandos e está começando em alguma profissão.
- Por que é tão difícil fazer teatro?
Existem muitas peças contemporâneas muito legais, mas as pessoas lá fora (exterior) dão mais valor do que aqui. Teatro é essencial para a formação do ser humano. Acho que existe uma falta de investimento por parte do setor privado e público. O teatro está num perrengue no Brasil por falta de investimento.
- Mudando de assunto, você e a Juliana pretendem oficializar o casamento?
A gente se casa em dezembro. Estamos juntos há sete anos, moramos juntos há três, mas vamos fazer a cerimônia toda, o ritual. É uma vontade dos dois. Vamos casar em Parati, uma coisa bem pequena, juntar alguns amigos e a família. A preparação está sendo muito bonita, tudo bem cuidado, vai ser uma festa linda.
- E já pensam em filhos?
Daqui uns dois anos. Deixa eu pegar uns contratos bons (risos). A Ju ainda vai fazer a última temporada da série O Negócio, da HBO. Ela é protagonista e até meio do ano que vem está envolvida com isso. A gente quer ter sim, é uma vontade nossa, queremos muito ter dois filhos. Acho que vou ser um pai muito ciumento. Se for menina eu estou ferrado, já falo que quero um moleque pra facilitar (risos).
- Com o fim da novela, quais são os próximos passos?
Sou muito grato a Record e ao Carlos Lombardi que me deram esse presente. Estou disponível para outros trabalhos na TV, cinema e teatro. Ator tem que trabalhar. Vou voltar com meu monólogo O Príncipe, do Nicolau Maquiavel. Tem também tem um espetáculo juvenil que eu escrevi que se chama Encantados, que fala sobre as lendas da Amazônia, e está em fase de captação.
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