Entrevista

A trajetória de superação de Micael Borges

Em alto-mar, o ator Micael Borges fala de casamento, paternidade e relembra a infância

por Marcos Salles Publicado em 29/03/2023, às 07h00

Micael Borges e Heloisy Oliveira - Fotos: Revista CARAS

Passar alguns dias em alto-mar com a família era um desejo antigo de Micael Borges (34). O planejamento acontecia todo fim de ano, mas por causa do trabalho, o sonho sempre acabava adiado. E a espera chegou ao fim! A convite de CARAS e da MSC, o ator, cantor e compositor embarcou em uma viagem inesquecível rumo ao Nordeste ao lado da amada, a empresária de moda praia Heloisy Oliveira (36), e do filho Zion (9). “Viajar com eles é trazer um pedacinho de casa, da minha vida. Quando viajo a trabalho fico sentindo falta deles. Aqui, poder acordar com a esposa e o nosso filho é maravilhoso”, conta Micael, a bordo do MSC Preziosa e em estada vip: ele ficou na classe exclusiva do navio, o Yacht Club, com direito até a mordomo.

“Realizei o sonho em alto estilo. Foi tudo maravilhoso e me acostumei rápido. Pensei que ia enjoar, mas o navio nem balança. E aqui, no Yacht Club, é tudo muito prático, ainda mais com criança, a atenção foi total. O mais impressionante foi o cuidado do mordomo, o Nathan, da Indonésia. Será que ele nos via por alguma câmera? É que, sempre que precisávamos de uma orientação, ele aparecia do nada e nos levava ao lugar certo”, disse Micael, aos risos.

– Vocês estão juntos há dez anos. Pensam em casamento?
– Temos conversado sobre essa comemoração e pode ser no final deste ano ou início do ano que vem. Estamos há dez anos juntos e, para a gente, casamento é quando você decide realmente se unir com a pessoa e dividir a sua vida. Esse é o casamento! O resto é oficializar, celebrar. Nós já passamos por muitas coisas e casar não é sofrer. Estamos felizes, viajando junto, mas em casa temos nossas obrigações estressantes do dia a dia. Então, se você sabe assimilar e passar por isso, por essas coisas comuns que acontecem com todo casal, aí vem a parte mais gostosa: ver o filho crescendo e sendo educado. Hoje, faz mais sentido realizar a cerimônia. Queremos casar na igreja e comemorar com nossos familiares e amigos.

– Vocês são sagitarianos. Dá certo serem do mesmo signo?
– No nosso caso, sim. Faço aniversário no dia 12 de dezembro, ela em 29 de novembro, e somos um casal muito tranquilo. Se tivermos de sair para jantar, ótimo! Se não der, está tudo bem. Não tem aquela pressão de organização, somos relax, de boa... E somos tão tranquilos que, às vezes, esta tranquilidade acaba levando ao conflito, mas logo vemos que estamos brigando porque somos iguais.

– Há espaço para o ciúme?
– Temos um ciúme natural, saudável. Não temos aquele ciúme doentio, controlador, possessivo. Ela não fala muito sobre isso, mas no início foi difícil para ela. Por exemplo, nas cenas de beijo na boca. Ela trabalha com moda, mas é empresária. Aos poucos, fui mostrando como funciona e, hoje, ela está mais acostumada, mas não assiste a todas as cenas. Já avisei a ela que, em breve, a Netflix vai lançar o filme O Lado Bom de Ser Traída, no qual faço cenas bem quentes com Giovanna Lancellotti. Antes não me colocava no lugar, mas amadurecendo vejo que é difícil para ela. Seria a mesma coisa se eu não fosse ator e a visse beijando alguém em cena.

– O Zion foi planejado?
– Eu sempre tive vontade de ser pai, mas tomamos um susto, porque ele não foi programado. Nos conhecíamos há apenas seis meses e ela engravidou. Mas, se Deus o colocou em nossa vida, é porque temos uma missão. E fomos aprendendo tudo juntos.

– Qual a origem do nome Zion?
– Apesar de sua origem bíblica, a escolha foi por causa de uma música que a Lauryn Hill fez para o Zion, filho dela. Eu amava essa música e, um dia, quando a gente ainda estava ficando, se conhecendo, conversando com a Helô, falei da minha vontade de colocar este nome no meu filho. Foi incrível, pois em seguida ela disse que também tinha exatamente essa mesma vontade.

– Ele pede um irmãozinho?
– Ele já pediu mais. Agora que está crescendo parou um pouco e deve estar pensando que um bebê iria tirar a atenção dele. Mas converso muito com ele e explico que, se vier um irmãozinho, não vamos mudar em nada e que ele vai poder ajudar a criar e ensinar o que já aprendeu. Estamos querendo uma menina.

– O filme Cidade de Deus está completando 21 anos. Quais as lembranças desse trabalho?
– Foi meu primeiro grande trabalho, importante para todos do Nós no Morro. Não éramos chamados para testes e, depois do filme, passamos a ser vistos como atores. Lembro do rolo de filme. Não podíamos errar muito, para não trocar de rolo. Lembro do Mumuzinho imitando a Alcione na van e do Seu Jorge no set.

– E sua infância no Vidigal?
– Fui criado pelos meus pais, o eletricista e bombeiro hidráulico seu Jorge e a dona Antônia, dona de casa. Passava o dia soltando pipa ou jogan do bola. Até os 10 anos queria ser jogador de futebol. Entrei na Escolinha do Botafogo, levei uma pancada na coxa e desisti. Comecei a estudar violão, bateria, piano e tomei gosto pela música.

– O que vem de novidade?
– Em 2022 criei um selo e quero ajudar a garotada da comunidade que está sem oportunidade. Estou pondo em prática o que aprendi no Nós no Morro, onde come cei aos 7 anos. Além do filme da Netflix, tem Um Verão Inesquecível, da Thalita Rebouças, e o Festa de Léo, da Luciana Bezerra e do Gustavo Mello.

Micael Borges Revista CARAS

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