Ela revela que força de parentes , como a da irmã, Glauce, e trabalho a fizeram vencer depressão
A atriz Nívea Maria (63) faz questão de enfatizar que o apoio de parentes sempre foi fundamental em momentos cruciais da sua vida. Foi o aconchego que encontrou na família, por exemplo, que a ajudou a vencer uma pequena depressão há cerca de dois anos. "Quando fui homenageada no quadro Arquivo Confidencial, do Domingão do Faustão, que adoro e do qual sempre quis participar, aconteceu uma avalanche de emoções. Revivi tanta coisa, chorei, tive a sensação de que não tinha mais nada a fazer na vida", contou ela, ao lado da irmã, a também atriz Glauce Graieb (61), na Ilha de CARAS. "Depois disso, acabei ficando mais reclusa. Cheguei ao ponto de ter que tomar remédios para conseguir me livrar de algumas sensações ruins. Quase um ano se passou até eu entender que as etapas acabam, mas a nossa vida é um eterno recomeço. Percebi que a família e a profissão são os pilares que nos dão sustentação e nos fazem ter a certeza de que ainda há muito o que viver e ser feliz", acrescentou Nívea, que está afastada das novelas desde o término de Caminho das Índias, em setembro de 2009.
Glauce, cuja última aparição na televisão foi na mesma trama da qual a irmã participou, afirmou que desde pequenas as duas sempre foram muito unidas. "Todas as vezes que Nívea teve problemas eu estive presente. Nós temos um elo eterno, tanto nas horas boas como nas ruins", garantiu ela, também diretora da revista Itupeva Lifestyle.
Sozinha desde o fim do seu casamento com o diretor Herval Rossano (1935-2007), em 2002, Nívea Maria encontra nos netos João Luiz (3) e João Pedro (1 ano e 11 meses), respectivamente herdeiros das filhas Viviane Graieb de França (35) e Vanessa Tettamenti (31), sua grande diversão. "Como não refiz a minha vida amorosa e meu primogênito (Edson Graieb de França, 42) não constituiu uma família e ainda mora comigo, ele é meu grande amigo. Já as meninas me deram as duas maiores riquezas que tenho hoje. Ser avó é diferente porque, em geral, os netos chegam na hora que a mulher já teve um período meio solitário, com a saída dos filhos crescidos de casa. Se não tem um companheiro, como é o meu caso, fica até mais sofrido. Com os netos, percebi que ainda tinha capacidade para amar e me entregar de novo. E com vantagem: estou presente, mas não sou a responsável pela educação. É uma delícia, só falo sim para os meninos", disse a atriz, dona do restaurante Dois Em Cena, no shopping carioca Rio Sul. "Quem administra é meu sócio, André Nunes, e minhas filhas", explicou.
- Depois do Herval Rossano, nunca mais se apaixonou?
- Não. Meus 28 anos de casamento com ele foram muito ricos. Éramos diferentes, mas havia um equilíbrio com admiração e respeito mútuos. Encontrar isso de novo não é fácil. Ele foi o meu grande amor. E é muito difícil refazer a vida afetiva na minha idade.
- Como você lida com a falta de um companheiro?
- Com o amparo da família e com o trabalho. Durante Caminho das Índias, me curei, digamos assim, da depressão, que considero normal em uma mulher da minha idade que passou por uma separação, morte do marido, filhos crescidos e esse momento solitário. Transferi qualquer tratamento para a relação com a família, em quem posso confiar, ser acolhida. Glauce é uma companheira e tanto...
- O que curte fazer em casa?
- Os netos são o meu hobby. Quando tudo está parado demais, vou à casa de minhas filhas brincar com eles, que têm energia boa.
- Como eles são com você?
- Bem carinhosos, se aproximam com tanto amor... Ser chamada de vovó é uma delícia.