Após um 2023 cheio de bons frutos, a cantora Carol Biazin amplia horizontes na música
Tanta coisa aconteceu em 2023 que, mesmo depois da virada do ano, ainda é difícil para Carol Biazin (26) processar todas as suas conquistas. A turnê de seu mais recente álbum, REVERSA, percorreu o País e ganhou o palco de importantes festivais, como o Lollapalooza, além de ser encerrada em grande estilo com show esgotado no Audio Club, em São Paulo. Suas composições viscerais ressoam entre os fãs e entre aqueles que acompanham outros artistas: Carol é o nome por trás de faixas como Penhasco2, hit de Luísa Sonza (25) em parceria com ninguém menos do que Demi Lovato (31), e ainda ganhou a companhia da estrela Marina Sena (27) e do rapper Vulgo FK (27) para a faixa real valor, do relançamento de seu último álbum. “Foi o melhor ano da minha vida. Ano de crescimento pessoal, profissional, de saber lidar com uma equipe grande. Foi muito trabalhoso, uma grande bola de neve. Mas foi muito gratificante ver tudo que aconteceu”, comemora a cantora, durante bate-papo descontraído com CARAS, em icônico endereço do centro de São Paulo.
– Dá para fazer um balanço de tudo que aconteceu em 2023?
– É um processo de colheita. A sensação é que plantamos durante cinco anos após o The Voice e, agora, colhemos. É muito gratificante. O REVERSA foi um álbum demorado para ser feito, ficou um tempo maturando. O som ficou mais maduro, eu cresci com as músicas e o público cresceu comigo. Vimos a demanda dos shows lotados, a galera cantando e se identificando. É muito prazeroso lançar um álbum assim. A turnê foi a grande resposta de que os frutos que nasceram desse trabalho foram lindos. Posso dizer que eu estou viciada em fazer show!
– Além dos seus trabalhos autorais, você também é a compositora por trás de hits de grandes artistas. Como se dá essa diferença na hora de pensar nas letras?
– Primeiro, tive que aprender como compor para outras pessoas. Para mim, eu sempre fui muito crua, direta, visceral. Essa separação foi natural. O meu maior desafio, no final das contas, foi saber como colocaria as referências que tenho dentro de mim para o trabalho. As parcerias sempre se deram
de uma relação antes da música, nasceu uma amizade antes de trabalharmos juntos.
– Você é assumidamente parte da comunidade LGBTQIAPN+ e os fãs exaltam essa bandeira que você carrega tanto na sua vida pessoal quanto profissional. Qual a sensação e o retorno que recebe desse público?
– Música é sobre fazer diferença em algum lugar. Nunca imaginei fazer outra coisa da vida. Sempre foi muito natural falar de mim nas músicas e isso traz aquele lugar de representatividade, de se enxergarem em mim, de me permitir ser quem sou. A música tem esse papel. A gente precisa ter poder de transformação. Além de realizar seu sonho, você faz as pessoas se sentirem como parte de algo.
– E quais as dificuldades de se estabelecer no mercado musical diante de tantos desafios, entre eles, ser uma mulher?
– Nós, mulheres, já passamos por muitas situações que fomos colocadas em xeque e temos que nos provar muito mais. É exaustivo, porque foge daquele lugar de ser boa ou dedicada. É uma busca que não tem como alcançar. A gente não é só uma embalagem. A gente ganha, gira dinheiro, movimenta o setor, mas somos humanos. Foguete tem ré, sim, eu sou gente! Não podemos achar que a ida é uma busca incessante pelo primeiro lugar. Tento trazer leveza para mim. As expectativas que tenho sobre mim já são suficientes. Fizemos uma turnê praticamente só com mulheres e fomos muito desrespeitadas por homens de todos os meios. Mas a nossa resposta foi fazer um show incrível!
– Como você lida com a sua autoestima frente a tantas imposições, padrões de beleza e comparações constantes?
– É muito chocante como as pessoas te elogiam quando você está de um jeito e não de outro. Todo mundo tem inseguranças e eu tento ficar na minha bolha. Tento me proteger muito disso, não ficar muito tempo no celular. A comparação vem desse fácil acesso, de sempre acompanhar a vida do outro e achar que está melhor. Parece que sou super bem resolvida, mas eu só tento me abster um pouco. Celular para mim é para o trabalho.
– Depois de um 2023 tão intenso e incrível, qual sonho ainda fica para ser realizado neste ano que se inicia?
– Nós perdemos pouco mais de dois anos na pandemia e isso foi assustador porque ficamos com pressa dentro de nós para fazer tudo acontecer rápido. Essa foi a doença deste último ano. Nós temos que aprender a dar passos para trás. O ano de 2023 foi o melhor da minha vida. Foi muito trabalhoso, uma grande bola de neve. Agora, um dos grandes objetivos para mim é conseguir rodar mais cidades do Brasil com o meu show. Esse é um grande desafio porque envolve também um grande investimento. Quero conseguir chegar aos interiores e encontrar essas pessoas que não conseguem ir às capitais para me ver. Tenho também muita vontade de fazer shows para grandes públicos. Estar nos festivais deu um gostinho disso. Realizei muitos sonhos neste último ano. Toquei no Carnegie Hall, em Nova York, por exemplo! Tem coisas que a gente sonha a vida inteira e outras coisas que a gente nem imagina que queria e, quando vê, já estamos realizando!
FOTOS: PAULO SANTOS; PRODUÇÃO ARTÍSTICA: LUANA ALMEIDA; DIREÇÃO CRIATIVA: GABRIELA GRAFOLIN; BELEZA: PEDRO SIMI; STYLING: MARIA LUIZA COSTA; ASS. STYLING: CAMILA BENOTTI E IMPRENSA: ESTAR COMUNICAÇÃO
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