Intérprete do Ruy, o ator Fiuk relembrou cenas marcantes e contou curiosidades de bastidores
"Não consegui nem dormir direito. Me deu um sentimento de gratidão, algo muito forte", confessou o ator Fiuk sobre a volta de A Força do Querer, trama escolhida pela Globo para ser reprisada na faixa das 21 horas.
Intérprete do Ruy, um dos personagens centrais da novela escrita por Glória Perez, o artista não conseguiu esconder a aleria e a emoção em poder rever um trabalho tão marcante em sua carreira na dramaturgia.
"Um presente! Estar nessa novela foi um presente, é algo forte, admiro todo mundo que está lá. Fiquei muito feliz em saber que iria voltar e em ver como as pessoas gostaram e receberam bem", disse o famoso em entrevista exclusiva para a CARAS Digital.
Durante a conversa, o filho de Fábio Junior também recordou das cenas marcantes, contou algumas curiosidades dos bastidores e ainda convidou o público para ver, ou rever, A Força do Querer.
PRIMEIRO VILÃO
Destaque na história da novela, Fiuk revelou que não teve medo de encarar um personagem com toques de vilão e que se jogou nas armadilhas da história do Ruy. "O Ruy não era o bonzinho da história, ele fazia coisas erradas e botava fogo. Eu mergulhei nesse mundo que me ofereceram de fazer um bad boy que causou muito. Muita gente ficou com raiva do Ruy", disse ele.
"Sou ator. Estou aqui para questionar e mexer com a cabeça das pessoas. Nunca tinha feito um vilão, quis incomodar. Foi muito legal. As pessoas confundiram muito por ele ser um vilão. Era cada comentário... Falavam um monte de coisas de mim, mas é sinal de que as pessoas mergulharam na história", acrescentou o ator, reforçando que muitas vezes o público confundiu o personagem com ele mesmo.
CENAS MARCANTES
Questionado sobre as cenas mais marcantes do filho de Joyce (Maria Fernanda Cândido) e Eugênio (Dan Stulbach), o artista escolheu a primeira vez em que se viu como o Ruy.
"A primeira cena que eu vi do Ruy foi muito marcante. Nós fomos pra Manaus, três horas de barco lá para gravar, sem sinal e nada. A primeira vez que eu vi o meu personagem vivo no vídeo foi muito marcante pra mim", assegurou.
"Ver ali o olhar, a postura, o jeito, nossa! Foi muito especial e emocionante. Não dá para esquecer", complementou o intérprete do Ruy, que era apaixonado pela sereia Ritinha (Isis Valverde) na história.
CURIOSIDADE DE BASTIDORES
"Uma cena que me emocionou muito foi com a Bruna Linzmeyer. Era de uma sequência de que a personagem Cibele forjava uma suposta agressão do Ruy contra ela. Ela é uma atriz que dá um show. Foi lindo, quando terminamos, choramos e nos abraçamos muito, foi bem forte".
"O estúdio inteiro aplaudiu. Antes, ficaram em silêncio. Foi algo muito especial de verdade", relembrou o músico citando a colega de trabalho Bruna Linzmeyer.
ORIENTAÇÃO DE GÊNERO
Pertencente a um dos núcleos mais importantes e polêmicos da novela, que é o da transição de gênero da personagem Ivana/Ivan (Carol Duarte), Fiuk ressaltou a importância da obra de falar de algo tão delicado.
"Foi muito bonito a novela questionar isso. A Glória Perez é uma autora muito especial. Tenho fãs que passaram pela transição de gênero sem a menor responsabilidade. É muito importante a novela tratar disso. Isso tudo deveria ser visto como algo normal. A novela mostrou o assunto de uma maneira sem drama ou deboche, mas de uma forma realista", declarou.
"Foi difícil fazer o Ruy tratando a irmã de uma forma horrível, ríspida, algo totalmente diferente do que eu mesmo penso. Mas nosso papel é de questionar. O Ruy era o irmão que não aceitava, era o preconceito dentro de casa", entregou ele que ainda citou a onda de conservadorismo atual do país.
"Acho que esse assunto será bem questionado outra vez. Hoje temos um lado opressor que cresceu um pouco de novo. O tema poderá ser motivo de chacota, mas o importante é falar sobre... Existe muita hipocrisia. Não tem o menor sentido falar da vida do outro. O legal é questionar para as pessoas pensarem e falarem sobre o assunto. Acho que falar disso pode ajudar a abrir a mente, colocar para fora. Qual a problema mudar a orientação, ser gay, se vestir de tal forma, ou gostar dessa ou daquela pessoa?", questionou.
CRÍTICAS
Sobre as críticas que recebeu na época, Fiuk se mostrou seguro e positivo em ressaltar que fez o seu melhor e que venceu outros candidatos na disputa pelo papel do Ruy.
"Ninguém me deu o personagem, eu passei no teste. Fiz um vilão, sei que incomodei muita gente, fiz caras e bocas, o personagem fez coisas babacas, ele pedia isso. Não me preocupo com estar ou não bem, eu estava onde tinha que estar", afirmou.
"Que pena que não agrado todo mundo, ok, faz parte. Fiz o meu trabalho, estava lá para isso. Sou da luz, eu gosto tanto da paz que eu planto, não me verão falando besteira ou batendo boca por aí. Se eu não tivesse passado no teste, eu poderia ter ficado inseguro, mas passei. Respeito a opinião de todo mundo. No auge da critica o povo rebate, eu não! Entro no Twitter e escrevo 'Bom dia vida'. ..Tá tudo lindo. Sou sensível e muito simples. Eu sou assim", garantiu.
ELOGIOS PARA A NOVELA
Para aqueles que não assistiram a novela em 2017 ou ainda não sabem se gostariam de rever a trama, Fiuk mandou o seu recado e defendeu o folhetim que fez bastante sucesso com uma história forte e um elenco cheio de talentos.
"A novela merece ser assistida pelas tantas histórias interessantes e que te fazem parar para pensar. A história da Ivana (Carol Duarte), do Nonato (Silvero Pereira)... O vício em jogo... E a Bibi (Juliana Paes)? O que era a Bibi? Não era só uma história na novela. Foi demais!", finalizou o ator.
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