Sucesso do rap e trap, carioca Filipe Ret fala sobre o primeiro DVD de sua carreira, música feita para a namorada e cuidados com a saúde
Com mais de 15 anos de estrada, seis álbuns na bagagem e considerado um dos maiores nomes do rap e trap na atualidade, o rapper Filipe Ret está no auge! Ele soma mais de 9 milhões de seguidores no Instagram, bilhões de visualizações e plays e muitos recordes.
O cantor, que iniciou a carreira em batalhas de MC's na Lapa, em 2003, vai gravar seu primeiro DVD em um show em sua cidade natal, Rio de Janeiro, que promete entrar na história do rap nacional. Em entrevista exclusiva para a CARAS Digital, Ret revelou que precisou adiar a apresentação que aconteceria dia 12 de agosto para dia 21 de outubro, por conta da produção. "A gente vai ter a oportunidade de colocar mais coisa no palco, mais leve, mais tecnologia", disse.
O show especial contemplará todos os discos do artista, Numa Margem Distante (2009), Vivaz (2012), Revel (2015), Audaz (2018), Imaterial (2021) e LUME (2022), álbum que ultrapassou a marca de 250 milhões de streamings e rendeu o título de Álbum do Ano no Prêmio Multishow 2022, após poucos meses de lançamento.
"Vai ser muito maneiro, muito legal! Não tenho nem palavras pra falar sobre a alegria de ter essa oportunidade de poder fazer um show desse, tá ligado? É muito gratificante mesmo ver que eu tenho uma 'fanbase' bacana", declarou sobre o apoio que recebe dos fãs, os retianos.
Sobre a escolha do repertório para a gravação do DVD: "Eu tinha planejado umas 53 músicas que eu queria cantar, mas vai ter que cortar, não vai dar as 53 músicas. Tô nesse desenrolado, já passamos de 53 músicas. Deve cair 10, vai sobrar umas 45, pelo menos. A equipe vai querer que eu cante 40. Tem muita música! Tem que deixar o show mais diferenciado mesmo, né?", diz ele.
Ele garantiu que músicas como Neurótico de Guerra, DUTUMOB, Só Pra Você Lembrar, que já costuma cantar em apresentações mais recentes, e as antigas Só Precisamos de Nós, É o Nig, Asfalto do Catete, Minha Tribo, que fazem parte de seu primeiro disco, também estarão: "Vai ser maneiro, divertido!"
Ret recentemente lançou um single com Ludmilla, Ritmo do Crime, com quem já tinha parceria em Abstinência, que faz parte do álbum A Danada Sou Eu, de 2016, e coleciona hits com participações de grandes nomes do Brasil de diferentes gêneros, como Marcelo D2, BK, Djonga, Marcelo Falcão, L7NNON, MC Poze do Rodo, Hariel, MC Maneirinho, MC Cabelinho, Anitta, entre outros.
Preparando uma megaprodução, o artista pretende ter participações especiais na apresentação. "Não tenho confirmados ainda, por isso eu não posso falar. Mas a ideia é ter, sim, algumas. Algumas ou até bastante. Mas a gente não sabe a realidade das pessoas, porque vai ser sábado, provavelmente, artistas importantes vão ter que parar a agenda", disse ele, que ainda brincou: "E ainda vamos ficar devendo um rolê depois pra esses artistas, porque não vou conseguir pagar o cachê deles".
Questionado sobre a música que escreveu para a namorada, Agatha Sá, o carioca confirmou, mas disse que ainda não está pronta e que pretende lançá-la na gravação do DVD: "Falta escrever o segundo verso. Mas tá bem bacana, assim, tá bem real. Eu tô querendo lançar só no show... Tenho que terminar de escrever a letra ainda".
Filipe também falou sobre os planos para 2024. Com muitas canções já escritas, o rapper afirmou que tem produzido muito mais e que vem disco novo por aí. "Eu to meio que com um estúdio aqui em casa agora e eu tenho produzido muito, muito, como nunca produzi antes. Então, eu tô com muita música, tá ligado? Umas 20 músicas. E eu quero lançar com calma ano que vem, início do ano que vem".
Apostando em um novo estilo, investindo no trap, Ret entregou como se vê hoje e confessou que mudou muito. O cantor disse que está mais preocupado com a saúde. "Um Ret muito mais engajado na doutrina do que eu vivo. Eu tenho um pouco mais de tempo pra criar, por exemplo. Eu sempre criei com menos tempo, e sempre foi tudo mais difícil", refletiu ele, revelando que está focado em parar de fumar.
Ele contou que ficou viciado em cigarro depois da pandemia e da separação da mãe de seu filho, o pequeno Theo, que completa 6 anos em setembro. O artista disse que estava incomodado com o excesso e que já vinha preparando seu psicológico parar eliminar o cigarro de sua vida, já que está cuidando muito mais da saúde.
"Hoje sou um Ret que praticamente não bebe. Tô há uma semana sem fumar, mas nem quero ficar propagando isso, porque eu nem sei se vou conseguir parar. Mas tô muito determinado! Eu tô cuidando da minha saúde, eu vou fazer 40 anos daqui a pouco, a minha mentalidade é muito mais madura pra tudo, tá ligado? Eu tenho um olhar, uma paciência... Apesar de eu ser muito impaciente, mas hoje eu tenho uma calma, uma paz em mim muito maior, que eu não tive durante todos esses anos pra conquistar isso que eu tenho agora, entendeu?"
"É muito louco tá com a minha idade, fazendo o que eu tô fazendo, representando o que eu represento, tendo a oportunidade de ter essa 'fanbase'. Eu tento olhar pros mais velhos, pro Brown, D2, os caminhos que eles seguiram, eu meio que tô no meio do caminho, tô entre esses mais velhos e os mais novos. Não tem muita gente na minha idade. Antes já vem BK, que também é mais velho, Xamã, mas os moleques têm tudo vinte e poucos anos. E meio que a galera não percebe isso. Ao mesmo tempo, então, tem todo um desafio de aproveitar minha juventude ainda, o filho, a saúde...", acrescentou sobre os artistas do cenário do rap atualmente.
Ao finalizar, Filipe Ret comentou que também já não curte mais álcool e recordou uma história antiga de quando ainda se apresentava ao lado do produtor musical e beatmaker Mãolee, seu amigo e um dos fundadores da gravadora Tudubom Records.
"Hoje eu não preciso mais beber. Tava lembrando com meu pai em uma viagem que eu tinha que beber pra subir no palco, tinha que beber pra socializar. Lembro de uma vez, tava eu e Mãolee ainda na época, eu falei: ‘não posso ficar fazendo show bêbado’. Eu bebia muito, comecei a fazer os shows careta, e eu falei: ‘Mãolee, eu não bebi, fiz o show careta’. E ele não acreditou que eu tinha feito show careta. Ele falou: ‘não dava pra perceber, você tava super à vontade’. Nunca vou esquecer esse bagulho. E me motivou muito a continuar. Às vezes eu acabo bebendo, por uma circunstância ou outra, mas eu evito, não gosto mais de álcool. E é uma coisa que eu dependia", avaliou o cantor, nascido e criado no Catete, bairro da Zona Sul do Rio.
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